EXCELSO COMENTÁRIO DA AMIGA NEUSA HILSDORF AO TEXTO /**LIBERDADE, CONSCIÊNCIA**/


LIBERDADE, CONSCIÊNCIA
Manoel Ferreira Neto.



QUÊ LINDO!
É mesmo assim, há um momento em que não se pode jogar, quanto mais ainda, errar. É a ultima estação, mas não o ponto final da estrada. Mas precisamos fixar raízes, porém, caminhando sempre pra achar o melhor lugar pra plantar. Ali será nossa morada, ali regaremos nossos canteiros , colheremos os frutos que ainda haveremos de nos deliciar. Não é um tempo, sem tempo... É limitado o nosso tempo, pra curtir cada nascer e cada pôr do sol. Pra curtir a lua e todas as estrelas que nos encantar. É o tempo de curtir o que está frente ao nosso olhar e descobrir o que vem de dentro. É querer cuidar, com olhar de contentamento, só pra colher um pequeno sorriso. Não mais ter de viver de angústias, nem de lamentos. Só paz, alegrias e ar de contentamento, sem nem mesmo saber porquê. É o tempo de descansar a alma sobre o outro coração.



Neusa Hilsdorf



Parabéns, Neusa Hilsdorf, por sua leitura tão profunda - leu-a sensivel e espiritualmente.



**LIBERDADE, CONSCIÊNCIA**



O que é isto - o novo? Seria que existe o novo em si mesmo ou é ilusão da contingência sempre à espreita de outras realidade, horizontes e uni-versos que lhe a-nuncie dimensões do ser, do verbo in-fin-itivo ao ser in-finito de felicidade e compl-etude?
Em verdade, situações e circunstâncias da vida re-velam possibilidades, probabilidades, chances de a vida ser diferente, de sonhos e esperanças serem realizados, degustar outros sabores da maçã, desfrutar outros sentimentos de buscas e desejos, outras emoções da alegria, mas depende da entrega absoluta ao que se revela "tempo novo", com lutas, labutas, dificuldades, facilidades, da consciência do que significou o passado dos volos e desejos futurais.
O tempo é sábio e só revela oportunidades e possibilidades, se as experiências e vivências do homem tornaram-lhe consciente da necessidade de a vida ser, do verbo do ser dever ser construído com dignidade e honra, se está mesmo decidido a ser outro. Caso contrário, nada a-nuncia, nada manifesta, o mesmo existencial será eterno e absoluto. Outra oportunidade não haverá, se o homem se não entregar ao que será o "novo", a vida.
O verbo da vida, realizá-lo, não é somente construir a obra que será fruto para os descendentes, valores éticos e morais, para outras gerações, valores eternos e imortais, bens materiais; o verbo da vida é a sabedoria de o ser ser a pedra angular da vida, só podendo ser desfrutado com a liberdade, esperança e fé. Sem o verbo da vida, o homem apenas residiu na terra, arrastou-se no solo, acabou cinzas no sepulcro coberto de terra. Não frequentou o mundo. Nada obtuso.
Às vezes, a grande oportunidade de o verbo da vida ser instituído surge quando o homem já está maduro, e se olha, mesmo que de soslaio, esguelha, para o futuro sente que não lhe resta muito tempo para o verbo da vida, para a sabedoria, nada sim pode ser simples aventura, aquilo de "se não for agora, será noutro tempo", a entrega deve ser total, plena, sem dúvidas, incertezas, óbvio com questionamentos inda mais profundos e abismáticos, o ser é sempre a continuidade do desejo de ser, é sempre o silêncio à busca da voz da verdade.
Se, neste instante em que sinto o tempo se me a-nuncia a possibilidade real e verdadeira de o verbo da vida ser concretizado, tornar-me homem, ser o outro de mim, realizar a vida, cuidar dos prazeres e alegrias, amar amando o amor, amar conciliando e comungando o "eu" e o "tu" sin-crônica e harmoniosamente, penso e sinto, vice-versa, a vida é-me solidária e compassiva, está-me colocando em mãos feitas esperança a derradeira oportunidade de conjugar os tempos do verbo ser, não se trata mais de resta esta oportunidade com espírito de um caminhar na estra, sujeito a curvas, aclives e declives, mas a jornada nas sendas e veredas do campo, campo porque sou cônscio das poeiras e pós das estradas em que trilhei.
Novo tempo. Tempo de verbalizar o ser. Dizem que a Verdade, a Vida pertencem a Deus, Ele revela os caminhos. Não. A verdade, a vida pertencem ao homem nas suas caminhadas nas estradas de pós, poerias e metafísicas, nas suas andanças nos caminhos do campo. Só o homem sabe de suas contingências, só o homem sente a sua esperança do eterno.



Manoel Ferreira Neto.
(20 de junho de 2016)


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