COMENTÁRIO CRÍTICO DA ARTISTA-PLÁSTICA(PINTORA) E POETISA Graça Fontis SOBRE O POEMA /**SARAPALHAS**/


SARAPALHAS
Manoel Ferreira Neto.



Belíssimo texto! Esse deslumbramento repleto de sensibilidade sob o cintilar de lua e estrelas percorrendo através de mudanças sistemáticas das letras como um todo feito um rio transbordando misto de alegrias nostálgicas mas também sonhos e felicidades,assim deixando-se levar na correnteza da vida para desaguar numa serenidade plena do ser. Acho e sinto ser essa a proposta aqui presente Prbns.sempre Poeta!



Graça Fontis



Acabei de tecer um comentário analítico sobre o seu poema PENSAMENTOS e a imagem, que é uma peça de sua produção artística, a sin-cronia, harmonia do poema e da imagem, dizendo que você, Graça Fontis, tem o dom de tornar imagem um poema, um texto prosaico. Pois bem... Acabei de dizer e você confirma as minhas palavras: Sarapalha é metáfora de folhas secas sopradas pelo vento, aqui sob a luz das estrelas e da lua, e você intuiu e percebeu com perfeição que sensivelmente criei a imagem destas folhas secas sendo "levadas na correnteza da vida para desaguar numa serenidade plena do ser". Esta é a imagem que sonhei realizar no poema. Na correnteza da vida, as folhas secas tornam-se símbolos de sonhos e felicidades. Perfeito o seu comentário. Fico aqui imaginando se você não produzisse uma peça com este poema.



Manoel Ferreira Neto.



**SARAPALHAS**



Sin-estesias de linguísticas
Poiésis de semânticas - versos re-versos da facticidade
As estrelas cintilam raios de brilhos
A lua cheia brilha na grama à beira do rio
Rio sem margens
Rio de águas cristalinas
Rio de águas límpidas
Rio sem pressa
Metáfora de semióticas
Poética de semiologias
No in-fin-itivo do verbo de sonhos
Oníricas imagens inconscientes da verdade
Sarapalhas de volos da felicidade
Melancolias, nostalgias
Saudades melancólicas
Às soleira do tempo o vento sibila a sinfonia do eterno
Aos quiças das esperanças o sublime sussurra desejos, vontades
Palavras, sons e solidão
Interditos, ritmos e inspirações
Inauditos, melodias e literatura, espiritualidade do além
Leveza do ser
Luz, contra-luz, na alma idílios compactos do eterno
Sine para ren mira
Pina lora senla cera
Angústias, medos, tristezas
Crepúsculo de sombras numinam-se
De serenidade do vir-a-ser sóis
Plen-itude de ad-jacências
Perfeição do belo
Liberdade do efêmero
Amar intransitivo da solidão
Amar amando o amor
Peren-itudes
Amplidões
Sine para ren mira
Pina lora senla cera
Pers de pectivas deslizam nas ondas do mar
Circuns de "stâncias" plenificam o sonho de sendas silvestres
À mercê do sereno da madrugada, silêncio, estrelas e a lua



Manoel Ferreira Neto
(24 de junho de 2016)


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