QUERIA VOAR...# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: AFORISMO ###


Queria voar

Pelas linguísticas metafóricas da poesia

Tecer de sonhos o eterno dos desejos

Crochetear de esperanças o efêmero das utopias

Pelas metáforas linguísticas dos versos,

Pintar o 7 com as ênfases e declinações das intuições

Da imagem emoldurada no instante de criação

Do retrato do destino,

Con-templar no horizonte dos sentidos interditos

A alma do espírito dormindo o sono dos verbos do Amor,

Liberdade, Cáritas,

O eidos dos sonhos, no sol poente, vislumbrando o vir-a-ser,

Vislumbre no uni-verso das mensagens transcendentes

O espírito da alma acordando o alvorecer das estesias do belo.

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Queria voar

Pelas estesias do signo, símbolo das a-nunciações da verdade

Sentir presente os ideais do saber, as idéias do conhecimento,

Degustar o sabor de inspirações do pleno,

Desfrutar o gosto das criações, criatividades,

Existo sem que o saiba e morrerei sem que o deseje.

Sou o interregno entre o que sou e o que não sou,

Entre o que sonho e o que a vida fez de mim,

O plausível abstrato e carnal entre coisas que nada são.

Por capricho em minha mente está presente o passado.

Por picardia em meu coração pulsam as lembranças e recordações.

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Queria voar

Pela poiésis dos tempos, compondo de melodias e ritmos

Harpas, cítaras da eternidade pervagando o celeste do universo,

A música plena e perpétua da divina chama da verdade

Aquecendo na lareira dos idílios as contingências da felicidade

Pela po-emática do ser, versificando de êxtases

As melancolias e nostalgias do ser,

Versejando de intuições e percepções

O sido do sendo, o ser do sido, o sendo do ser

Na travessia mágica do pleno ao sublime do verbo amar.

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Queria voar

Pela estética filosófica do ser, poética do efêmero,

Alumbrando as métricas das idéias e pensamentos,

Deslumbrado com os sons suaves, sublimes do infinito

Comungando as inspirações bucólicas do pretérito

Com as percepções saudosas do há-de vir

Do sendo-sido, do ser nas bordas do verbo "sentir",

Pelo silêncio das águas que percorrem o além

Particípio, infinitivo, gerúndio, sub-[juntivo]

A vida sempre à busca do espírito da verdade.

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Quem me dera a dádiva de dar penas as asas de tantos desejos,

sendo-lhes os movimentos o que revela o voo de buscas, contudo dou-lhes, às penas, as asas de esperanças de serem realizados no tempo e contingências do pensamento e do mundo.

#RIO DE JANEIRO(RJ), 11 DE DEZEMBRO DE 2020, 09:52 a.m.#

 

 


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