#ORÁCULO DE TEMPLOS# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: POEMA ###

 


Liberdade do sonho de Verbo "Ser".

Sonho do Verbo "Ser" liberdade.

Verbo "Ser" do sonho liberdade.

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Profecias de ontem, outrora, tempos imemoriais,

Neuras existenciais, preservaram-se, esvaíram-se,

Lendas, mitos, causos, mentiras

Cobrindo mistérios, velando sigilos da memória,

Des-velando o Espírito de Existir, cor-agem, liberdade,

"Neste instante, no momento deste belo e quase heróico ato,

É que a tragédia alcança seu clímax.

Mais forte que a angústia,

Mais arrasador que o tédio, o vazio surge."

Só o tempo poderá dizer,

Se a santidade do homem prevalece, permanece,

Uma nova era está chegando em breve,

O nascimento de um novo estilo de existir,

A mesa farta, o dia a dia da vida,

Ademais, não se refutam, negligenciam, subestimam

Engenhosidade, habilidade, agilidade,

O que há-de se entender, com-preender?

O para quê vem... Onde estão, as intenções,

O que há nelas para que lhes credite confiança?

Urubu está com raiva do boi,

Mas o urubu não pode devorar o boi,

Todo dia chora, todo dia chora,

Baiano e os Novos Caetanos já o disse.

Pego o peixe,

Vou-me embora, outros lugares...

Outras idéias, pensamentos, ideais

Toca o sino, late o cão,

Viúva fofoca na esquina da rua

Com as amigas íntimas...

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Oráculo de templos

No silêncio dos sonhos,

De perquirições do longínquo e orvalho,

A distância e as ondas da luz, das claves e notas, ,

Esta praia torna-se encantadora se a observo

Com os linces do olhar {in}-versos, vejo-a de onde

A distância se revela, patenteia-se,

O espaço que o mar ocupa, nele habita,

Não seria a distância que nos deu

Esse encanto, e que ela deve ser

A coisa mais encantadora,

Estivemos tão próximos na vida,

A distância e eu, nada podendo interferir

Em nossa amizade, havia pequena ponte entre nós,

Naquela pequena ponte móvel escolhera

Ir-lhe ao encontro, e não encontro palavras

Para dizer o espanto, a surpresa, o encanto,

Quem como eu não precisaria de uma Musa?

Não foi o sino que retiniu na Igrejinha distante?

Para o diabo!

O dia e a dança, as re-presentações

Estão começando

E não conhecemos as suas performances,

A imagem re-presente a música em sua leveza

E fluidez, não há quem não improvise o dia.

Parece-me que o deus dos sonhos

Quis tripudiar, trambiqueiro, desonesto, desonrado,

Divertindo-se comigo, com os hábitos

- é meu hábito começar o meu dia

Como se as coisas esperassem de mim algumas

Palavras, considerações, avaliações,

A chama do conhecimento lança labaredas aos céus...

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Jogo de palavras. Tripúdio de sentidos. Entrega plena à semântica-yala do amor à esperança da cintilância do Verbo Ser o que não se é e não ser o que se é.

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Templo de mistério

Portal de paz,

Janelas de reflexões e silêncios,

Páginas de utopias metafísicas ritmadas,

Melodiadas de metáforas e imagens.

O homem mais comum sabe e conhece,

Sente que o refinamento dos sons não

Pode ser improvisado,

E o homem mais refinado sabe que

Os sons habitam todas as artes,

Refinamento da nobreza inata no olhar,

Nos gestos, nos ouvidos...

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Fluxo de idéias. Fluxo de pensamentos. Fluxo de sentimentos. A dádiva maior: o sublime da sensibilidade que de sendo-em-sendo, criando, re-criando, re-inventando os artífices de todas as obras, desejo, vontades, esperanças e sonhos, tecem com a linha de tricot dos éritos e iríasis da con-ting-ência o in-fin-itivo eterno do in-finito, pinta com as cores da lã a imagem no arraiolo, o etern-itivo con-ting-ente das etern-itudes, que concebe o além da verdade, pureza, seren-idade, tricoteia com a arte das mãos o verbo in-finito do ser-in-fin-itivo do "finito ser-aí" da imanência, dando origem, luz à genesis do perpétuo, arribas plenas em cujas asas da águia voa a divin-idade eivada e seivada das eidéticas da felicidade, o cântico da águia sussurra no silêncio da alma "Tudo é eterno, tudo é liberdade de Ser", seguindo o seu itinerário sem destino pré-determinado: uni-versos e horizontes são o silvestre da poética do espaço, são a poiésis dos versos e estrofes do Soneto In-trans-itivo do Verbo Amar, amar a solidariedade, amar a compaixão, amar a entrega ao outro, amar amando o verbo amar, amando o verbo de amar e verbalizando o "ser de amor" com o in-fin-itivo da verdade sensível, cáritas do "nous" e "telos" da vida - a iluminação.

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Libertas quae será tamen.

Amplo e esbranquiçado mar, para além das docas,

Dos rochedos das margens sobre os quais brilha,

Resplende, resplandesce o sol, enquanto

Fauna pequena e grande brinca, diverte-se

Sob sua luz, serena e tranquila, segura e calma,

Como essa luz do sol do alvorecer, os linces do olhar,

A felicidade de um olhar que poderia ter in-ventado

Uma felicidade,

Ao contrário, vive-a.

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Cariocas mineirices de artes do espírito, yalas, iríasis de sonhos do pleno, absoluto, sementes da terra, frutos do mar. Utopias pervagando o tempo, sorrelfas, idílios, crepúsculo do nada, vazio, melancolias, nostalgias, trevas da noite, o relógio na parede pendulando segundos, minutos, horas, sentimentos, emoções, sensações, quiçá os verbos con-figurem o in-fin-itivo do encontro almejado da felicidade, quiçá as regências verbais con-figurem éritos, éresis, iríasis, projetando-as ao In-finito, uni-verso de alegrias, conquistas, quiçá a verdade pres-ent-ifique na alma a sublim-idade do "Ser", na pre-funda do in-audito a pureza da espiritualidade, re-nascimento, re-novação, novo dia de novo tempo, pintassilgo à soleira da floresta

trinando o cântico da mineir-idade da esperança, da carioquice dos sons nas utopias das águas... - a dialéctica...

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Dentro dos idílios, todas as verdades serão húmus para o pensamento que pensa o ad-vir, vir-a-ser, há-de-ser a plen-itude de outros horizontes, "segue a vida nas veredas do inaudito, o amor trans-cende, entrega sem fin-itudes, mesmo que as realizações sejam ínfimas...", para a sensibilidade que sensibiliza o sensível dos desejos, vontades, volos do eterno que etern-iza a etern-idade do ser-no-mundo, para a razão que raciocina a racionalização dos dogmas, preceitos do ab-soluto, ab-soluto do ab-surdo, ab-soluto da mentira, ab-soluto do vazio, as águas sujas, desde a fonte primeva do tempo, desde a fonte originária do "ser-ai", per-correm solos áridos e íngremes, dia-lécticas e contra-dicções justificando inépcias e inércias, nada de novo de por baixo do sol, o nada prolonga-se por fraqueza, morre por encontro im-previsto, solidão, des-ilusão.

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Voar, voamos, voamos

E como voamos,

Aprendemos novas sendas,

A verdade de quem somos,

Personalidade, Caráter,

Traz a amizade, a compreensão,

Traz a ética, traz uma estrela na testa,

Outra na mão que segura o cajado,

Por onde anda,

E eles veem caminhando, e eles veem caminhando...

Veem, perscrutam, observam

Os passos e as pegadas deixadas ao vento dos tempos,

Vem cantarolando e saltitando

As performances do som e da solidão

No tempo de silêncios....

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Vida anda, se a andança da vida é a vida, o violão danado a tocar, o citareiro a dedilhar as cordas da cítara, o vento roda moinho..., montanhas, estrelas, planetas...

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Sonhador eu? Nada disso. Minh´alma recita e declama: "O In-finito de meus verbos vivencio no silêncio que nas madrugadas desérticas re-flete, medita o alvorecer de luzes e raios numinosos do Sol, iríasis de minha inspiração e entrega de meu "Ser", as volúpias da esperança...", eu, "... doidice e exagero de ser luz que sensibiliza os boêmios caminhos para as verb-itudes de amar a verdade, o "Silêncio do Som", "... vernáculo do escritar as dimensões do Ser-com a melodia da Vida, a Imagem do que habita os recônditos da Alma..."

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Da Alegria Breve ao Sorriso da Verdade de sentimentos, emoções, dimensões sensíveis inestimáveis realizadas, realizando-se...

#RIO DE JANEIRO(RJ), 04 DE DEZEMBRO DE 2020, 08:19 a.m.#

 


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