#INTERDITOS TROCADOS NA ELEVAÇÃO DAS MALEDICÊNCIAS# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: SÁTIRA ###


Dois senhores, num barzinho do bairro paulistano do Bexiga, conforme as posturas, respeitáveis senhores. Nem por instante identificaram-se, a função social que representavam. Começaram de trocar prosa e dedos de considerações sobre a "Elevação das Maledicências".

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Começar de... onde as folhas caem, secam, fecundam a terra, tornam-se húmus de outras flores: sentir-lhes nos interstícios da memória, de que foram tantos os instantes de fantasias, alegrias foram vividas e experimentadas, a sensibilidade apresentou-se nalguns momentos, deixando suas marcas e traços, tornar-lhes seiva de outras jornadas, de outras cavalgadas alucinantes, outras puxadas de rédeas, freios que tiram a paz, nas trilhas de outras querências, recitar-lhes os versos da aurora, em toda a musicalidade, ritmo, acordes, alimentados e regados de ternuras e esperanças di-versas, o corpo sentindo as novas sensações de magia e mistério, sede de sabedoria, fome de verdades que preencham os espaços vazios das dúvidas e inseguranças, apertam mais os nós de nada das libertinagens e heresias.

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Senhor, rogando e implorando a vossa data vênia,

Compreensão e entendimento, injustiça se não reconhecer-vos,

Devo-lhe imenso por consentir vagabundear as ideias

Neste encontro fortuito, degustando uma cerveja geladinha, estando em mesas diferentes,

Na nossa solidão particular e privada,

Ao vosso redor, ao menos não me sinto solitário, embora

A distância, o afastamento, conjunturas hodiernas,

São ócios dos instintos,

Não vos dirijo termos escusos,

Tendo em mente

Intenção de negligenciar-vos os brios

Sim mostrar-vos com toda compaixão e cáritas,

Torci-lhes as arestas às avessas,

Tornando-lhes ode por representardes vós

A sui generis ousadia de serdes zeros no mundo,

Aforismos à parte, não atendem aos juízos interditos,

Sátiras às margens, podeis rir e gargalhar, no peito

Sentimentos e emoções presentes de gratidão,

Só revelam atitudes e ações indecorosas,

"Sou zero. Não profeta de outro mundo, realidade",

Orgulham-se. Sentem poderosos

"Eu sou eu; jacaré é aquele bicho",

Dispostos à morte para mostrar a natureza bichana do jacaré,

O couro servindo para casacos de fino estilo, à moda Zuzu Angel, estilista reconhecida mundialmente, exceto por sua terra natal, conterrâneos, deram-lhe apenas um nome de rua, sendo empresários turcos, os que clamam virados para a Medina o reconhecimento de suas trafulhas e trambiquices.

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Negar a realidade do eu,

que triunfo!

Não já um triunfo sobre os sentidos,

Não já uma vitória sobre os sonhos,

Não já uma conquista sobre as quimeras,

Não já uma conquista do esquecimento da morte,

A hipocrisia não con-sente deslealdade,

As esperanças só abraçam

e afagam tão intimamente

no peito

os sonhos,

estando o eu criando-se, inventando-se, projetando-se,

as luzes que lumiarão

os desertos para os vales, para o mar,

só não volta atrás, só não volta atrás,

do que já não dá;

mas muito mais elevado:

o triunfo violento e cruel

contra

a razão,

contra

o conhecimento,

contra

o saber das dialéticas

da vida e morte,

contra

a dignidade, a honra,,

contra

os princípios do caráter,

A vida luta contra a morte e a morte luta

contra as efígies do poder,

contra os mitos da liberdade,

contra as expurgações da lei,

contra os ritos e rituais de beijos

trocados na elevação das maledicências,

jogados na vanglória e júbilo das cafajestes intenções.

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Começar de... onde as folhas caem, quando os olhos se extasiam, projetam-se alhures, por outras finitudes do verbo “SER”, por outras in-finitudes das conjugações do AMAR, por entendimento do genitivo das atitudes e ações, das declinações do verbo de infinitas realizações, temas de esperanças e fé nas promessas do Paraíso Celestial, temáticas de força e perseverança no conhecimento que liberta e eleva o espírito aos auspícios de montanhas distantes e longínquas, colinas de ventos suaves e serenos, quando nas profundezas da alma o sentimento são louvor e glória aos silvestres campos do eterno, os sentimentos outros de êxtases e reflexões, quando nosso intelecto, razão, senso concorda com os olhos que veem as pessoas boas de todas as eras e épocas, de todos os tempos, são as que enterram os velhos pensamentos numa cova, onde frutificam, são os Agricultores do Espírito.

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Em verdade(perdoando-me vós por

esta expressão de tamanho calão baixo,

vício de linguagem),

digo-vos, eu cuido de cuidar de enterrar os pensamentos

De dignidade e honra com a existência, valores e virtudes,

Desde que nascemos acompanha-nos a negação de tudo,

A contestação de tudo,

A hipocrisia salva-nos de sermos lembrados,

A representante direta da Morte, a hipocrisia, alevanta

A vontade, sonho da eternidade do zero,

Zero à esquerda, zero obtuso,

Acreditais vós nos Agricultores do Espírito, plantam sêmens,

Regam, cultivam, cuidam com esmero,

Plantam esperanças da fome superada,

Da sede suprassumida...

Assim, respondo-vos à falácia envelada,

O que difere entre nós,

De modo ou outro entrelaçamos os dedos,

"Os dedos" até que consinto dizer, expressar,

Não os causos, as prosas, atitudes e ações,

Não vos estendo a mão para um aperto,

Ao estilo de surpresinha,

Interessante sublinhar e frisar sonhara

haver encontrado amiga, numa loja de tecidos,

Dizendo-me ela a razão de eu tanto sonhar:

"A língua não pára um segundo sequer..."

Mister incólume e insofismável explicar as dissensões,

Sentir o que é isto de fazer o destino.

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E da eternidade dos amores e paixões pelas raízes verbais do absoluto-pleno-[de]-sublimes verdades, que se re-faz nas asas dos tempos, no vôo profundo e rasante das nuanças das realidades e ideologias, do real e das utopias, na viagem mágica nas ondas das notas de música interior, espiritual, do eu superior que alenta as dimensões almáticas nos seus instantes de náusea, começa a silvestr-idade das flores primaveris e dos odores mágicos que se apresentam na plen-itude das sorrelfas do AMOR, das ilusões e fantasias da PAZ, na un-iversal-idade de todas as esperanças. No Cosmos de sonhos da humanidade, projetam-se no espelho de superfície lisa, a resolução da imagem perfeita, MÁGICA, a face real e verdadeira dos sentimentos, desejos, vontades, Razões... A vida!

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O esquecimento

Não traz em si apenas um

"vis inertiae",

Como creem os superficiais,

banais e banalizados,

atoleimados, escalafobéticos, psicodélicos,

Antes é um poder ativo, uma faculdade

moderadora,

Atribuímos-lhe tudo quanto nos acontece

na vida,

na estrada "marvada",

no velho mundo sem "porteira",

na velha cidade de Braga, mata-burros, porteiras, cancelas,

nos antigos tempos de Zagaia, as zagaias da falácia,

pontes permanentes, pontes movéis,

atravessando abismos e vazios,

a majestade Sabiá cantando,

Tudo quanto absorvermos,

se apresenta

à consciência,

durante o estado de digestão...

Lembraram-me esta situação e circunstância um músico

sertanejo de raiz,

Num verso da lírica,

Haver cantado isto: "bucho e digestão",

E lá mergulhei profundo

para intuir

o que é isto, desvendar o meu segredo,

saber-me o bucho e a digestão,

o que sacia, sem efeitos colaterais,

o que digere para corroborar o tal-agora-aqui,

este segredo que deseja comemorar

a felicidade,

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nesta

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continuidade da felicidade e alegria, conquista e real-ização, buscas e desejos do outro do “eu”, na roda-viva contínua das paixões e amores pela VIDA, verbo artífice dos cataventos do tempo, de leste a oeste, os ventos das esperanças re-nascidos do mergulho profundo nas dimensões de onde nascem a inspiração, percepção, intuição dos desejos, vontades, razões do belo, da beleza, da Estesia do verso de Amor, Paz, de solidão que não se mostra, começar de, gerenciar, id-ent-ifica senão à luz do encontrar a CRUZ, dimensão que liberta o coração... à sombra das re-flexões do tempo e das lembranças, recordações, dos ventos e dos pensamentos, idéias, do ser e dos ideais, utopias do Verbo, dialéticas o pensar sentir o mundo, transliteralizado Espírito da Vida. Com a vossa permissão de fundar esta idéia que vos exponho da felicidade usar versos de escritora de origem e lar portugueses Ana Júlia Machado: "O que a existência obsequiou,/Quimeras longínquas, quimeras íntegras/Ou fragmentadas, transportadas/Como tênues peças florais/A aguardar o desfecho."

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Reunião, entrelaçamento das mãos, começando-me de... onde os "camareiros da moral" cometeram o pecado da compaixão, em que versos esconderam a chave de seus pensamentos, em que estrofes colocaram o tesouro de suas críticas aos roedores de valores, virtudes, das culpas e remorsos das falácias e verborréias, começar de onde... os "camareiros da moral", mantenedores da espécie e indispensáveis quanto os bons: - a função é que difere, ad-versa: o que é bom mantém a espécie, vós mantendes, o que é chamado de mau é nocivo à espécie, mantenho eu.



#RIO DE JANEIRO(RJ), 01 DE DEZEMBRO DE 2020, 09:56 a.m.#

 

 


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