**ASSIM CAMINHA NOVO HOMEM* GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: POEMA ****


Ganache lúdica, sáfica

Res-plandecida de luzes e éresis

Melancólicas do sublime

Templando horizontes longínquos,

Iríasis do tempo, éritos da ampulheta,

Não será mais exequível reequilibrar

Meiguices trans-cendentes do suave

Verbo in-trans-itivando paisagens in-fin-itivas

Ternurices imanentes da perene conjugação

Defectiva das lácias declinações,

Genitivos do abismo,

Declinações da caverna,

Pieguices adjacentes da mesmidade

Adornada de vazios, mensagens des-almadas?

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Olhai os lírios do campo!,

Sugere, convida Érico Veríssimo,

Con-templai as orquídeas da serra,

Observai os cactus do deserto,

Sugerem sendeiros, peregrinos, andantes,

Sintai o espírito do silêncio na solidão da alma

Aconselham gurus, monges místicos,

Re-velando a face do In-finito,

Silvestre de veredas e sendas

Para as etern-itudes da verdade

Que re-nasce dos sonhos efêmeros,

Sons do silêncio ritmados e melodiados,

Metricamente, das saudades edênicas do pleno,

Que se esvaeceu nas neblinas seculares,

Nas paulicéias garoas na década dos esplendores,

Nas carioquiocéias mar-"esias",

As orlas das gerações

Presentes nas apologias diversas.

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Da dialética do não-ser e a travessia do ser

Ao verbo eidético de genesis perpétuas

Nas neves milenares das utopias

Da verdade e in-verdade,

Nas maresias eternas dos ideais do nada...

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Saudades edênicas,

Idiossincrasias plen-ificadas e sublimatizadas

Do thelos e nous do divino espírito

Do in-fin-itivo subjuntivo

Mais-que-genitivo das con-ting-ências,

Mais-que-dativo das intempéries,

Da ausência forclusiva do vazio

Nas eidéticas da alma que aspira,

Suspirando profundamente

O poético espaço da liberdade eivada de

Ideais do além,

Além dos terrenos baldios das esperanças de fé,

Fé que basta para justificar, explicar os demônios,

Poeiras, pós das vias....

Os espíritos malignos saltitam ao redor da

Fogueira de achas colhidas na margem esquerda do Rio das Velhas,

Na margem direita, Marcos Alvarenga

Proseia andanças com os amigos sentados

Na varanda da choupana, lampião sobre a mesa,

Fé que fecunda as condições de não do caráter,

Fé que febunda as moléstias da personalidade,

Nas cinzas que originam,

Dão a luz aos ex-tases da metafísica,

Metafísica de quimeras do belo,

Metafísica de sorrelfas das estesias

Poéticas eruditas do uni-versal,

Cinematografia de imagens

Res-plandecidas de sensibilidade e cores,

Perspectivas do que trans-cende

Con-ting-ências vivenciais e vivenciárias

Da arte eterna de poemas efêmeros,

As cenas são origens do vir-a-ser

E o vir-a-ser são fontes originárias do ser

Que se esplende,

Segue pers-crutando o sim-bólico de mistérios

À busca das luzes da ribalta,

Do silêncio do picadeiro,

À procura da escuridão do cinema,

A projecção da película,

Éresis artística de dons e talentos,

A vida na sua espiritual con-ting-ência,

Película da etern-idade versificada e versejada,

Vers-imbólica das re-flexões,

Meditações, desejos, vontades,

Até nadices das verb-itudes, verb-idades...

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Assim caminha novo homem.

#RIO DE JANEIRO(RJ), 23 DE DEZEMBRO DE 2020, 09:43 a.m.#

 

 


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