TILIMBRA O MANANCIAL DE CHAMAS ARDENTES DA ALMA# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: AFORISMO



Solene apocalipse de longínquos ritmos,
Jazz, blues, românticas, rock´n´roll,
Angústias compostas de medos e inseguranças
Do pretérito perfeito do que me fora, do que de mim fora,
Do pretérito imperfeito do que de mim seria
Do mais-que-perfeito de quem no fundo do espírito, onde
Sonha o que sonhou, onde idealiza o que sonhará...
O passado é neblina caindo, flocos soprados pelo vento,
Entra pela noite, pela madrugada como um rastro de barco,
Atravessando as águas, rumo à outra ilha, Itaoca a Paquetá,
Se perde na água
Que se deixa de se ouvir, contudo, sentindo-a profunda,
Não fosse não dar valor ao que em mim habitava de virtude,
Do pretérito passado de quem fui, de quem de mim fui.
====
Efêmera beleza do eterno, absoluto esplendor da felicidade em variados sóis do sublime eclipse do espírito, numinando o alvorecer mesclado de margens do destino.
Lago de pretéritos silêncios
Sapo pula na lagoa, vagalume vagabundeia
Splash!... O silêncio se faz novamente.
Silenciosamente sem um cacarejo
A noite bota o ovo da lua.
====
Esplendem de re-velações da beleza os eflúvios longínquos da glória, itinerando a pressa do vir-a-ser de estéticas plen-itudes, de éticos verbos, a performance do cenário voluptuoso tilimbra a dança do amor, manancial de chamas ardentes da alma.
====
Velando o absoluto à luz do tempo, que ilumina florestas e campos, sabendo encontrar o destino celeste do in-finito, vai adiante o tempo em que as chamas ardentes da alma, os raios cintilantes do fogo queimando as achas, promete amar fiel e sem medo, até à morte-para-o-eterno, ao eterno-para-o-vazio, a terra toda viva, o mundo todo espírito da alma, alma do espírito, carregados de sinas e sagas, trans-bordando nas bordas dos entes de mistérios e enigmas.
====
Na estrada metafísica de poeira fina e leve, que se me a-nunciava, vislumbrava de encontros de sorrelfas as alegrias ad-jacentes sedentas de conhecimentos
milenares e crepusculares, re-fletindo na imagem trans-perspectivada da alma a idéia da irremediável permanência da esperança outorgando os ímpetos da vida oblíqua que são os medos nos pratos da balança da perfeita nesciedade e da mais-que-néscia...
====
... imperfeitude do ser diferente,
Subterrâneo do espírito.


#riodejaneiro#, 31 de outubro de 2019#

Comentários