#O NADA# GRAÇA FONTIS: PINTURA GRAÇA FONTIS/Manoel Ferreira Neto: POEMA



Sopro de Vida
Des-integrou-se num mergulho
Esvaeceu-se num sentimento
Dentro desse labirinto
Nos interstícios desse abismo
Eu mais profuso, imperativo, forte a suplicar
Clamando oásis em salvação
Rogando perdão por desérticas reflexões
Espera por mim de alma livre.
====
Pálida manhã!
Maresia, neblina
O cinza entristece a alma,
Viajante desta penumbra
Peregrino deste perfume
Perdida estás... és apenas
Fachada, imagem sem conteúdo
Nunca foi palpável.
Arco-íris só de cores
Neutras,
A morte sorrateira
Sondando a cabeceira.
====
Sinto arrepios perpassarem-me a alma,
Calafrios noturnos,
Companheiros da madrugada,
Camaradas de vontades, desejos do sublime,
Na mente, gélidas palavras
No coração, frios sentidos poéticos,
Invadindo e violando sonhos,
Algo sem forma, sem perspectiva
Porta para o infinito além da neblina,
Janela aberta para a eternidade
O nada
Um grito...
Um suspiro...
Liberdade de sentir o inaudito
Efêmero de sentidos,
O interdito
Eterno de inspirações
Por diálogos do ser e existência.


#riodejaneiro#, 24 de outubro de 2019#

Comentários