CRÍTICA LITERÁRIA POETISA E ESCRITOR, Sonia Gonçalves, COMENTA O AFORISMO #FONTE LUMINOSA DO TEMPLO DE FESMONE II PARTE#




Boa noite, Manoel Ferreira Neto, um banquete esse teu poema, delícia de se ler... Todos os parágrafos lindíssimos, mas destaquei esse
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"Sete filamentos de ternura e riso dispersos no tempo recompõem o heroísmo que se banha em ironia, perfuma-se em cinismo, uma pausa oca e além de todos os vazios, véu baixando, um ríctus, como na atmosfera poemática exposta à galhofa".
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Atmosfera poemática metafórica, lindamente destrinchada sob as letras perfeitas do poeta escritor das noitadas do blogue que aniversaria em breve...Parabéns pelo conjunto de todas as obras, tudo explícito de cultura só não o vê quem não quer, só não o lê quem não entende seu ritual mais que belo e criativo, mais que poético, dentro da sua enigmática textual, abrangida de gramática ricamente expressa no talento inerente ao escritor. Parabéns meu querido, muito lindo, a obra da Graça Fontis como sempre maravilinda!!!Bjos para os dois queridos.✨✨👏👏👏👏😘😘


Sonia Gonçalves
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São quatro anos, Soninha Son, Sonia Gonçalves, de noitadas bloqueanas tentando artificiar a obra, tentando compô-la conforme as etiquetas do figurino que ousei estabelecer nesta jornada. Dia 24 de novembro é o aniversário: alguns projectos estão sendo traçados para este evento, alfim o BO-TEKO DE POESIAS está completando hoje mesmo 164.000(cento e sessenta e quatro mil) visualizações. Aguardemos as novidades do aniversário.
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Gracias muchas, querida, pelo carinho e reconhecimento.
Beijos nossos!
Manoel Ferreira Neto
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FONTE LUMINOSA DO TEMPLO DE FESMONE II PARTE#
GRAÇA PINTURA: PINTURA
Manoel Ferreira Neto: AFORISMO
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II
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Sete sombras na calçada da rua solitária e deserta delineiam a imagem líquida e etérea do ocaso refletido no entardecer numinoso do Dia de Finados.
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Sete razões re-versas de origens e genesis in-versam a estética do horizonte no seu encontro com as águas do mar, com a brisa da floresta.
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Sete vultos pairam, veementes, e por mais que se clame é noite, com seus inúmeros silêncios.
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Sete achaques e fragilidades, ausência de experiência mais rica voltam à nossa época educados na tolerância à dor, mas no que diz respeito à miséria da alma, hodiernamente, percebo, intuo quando uma pessoa a conhece por experiência própria, quando ela precisa, considera mister fingir, quem sabe modo e estilo de educação mais refinada, talvez não acredite nas grandes mágoas de sua alma, e ao mencioná-las sente grandes padecimentos físicos, abrindo uma fresta de luz, suas dores de dente e do estômago.
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Sete línguas engroladas, palavras sem fogo, fugindo à verdade, tornam-se a matéria nobre ou vil do instante flácido após o desgaste do corpo entrançado em outro, hora pequena que colhe sozinha na rua ou no catre o melhor sentido que destinará a miséria.
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Sete línguas recitam em palavras a verdade dos vazios e nadas, entre-laçados nos abismos do logos e do cosmos, concebendo no tempo de sonhos e verbos o subjuntivo do amor-templo-do-paráclito.
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Sete preguiças de re-criar os compassos do coração em sin-tonia, sin-cronia, harmonia com os jogos da mente, ins-crevem, pers-crevem, pres-crevem nos outdoors dos mausoléus a crass-itude dos estilos de vida.
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Sete filamentos de ternura e riso dispersos no tempo recompõem o heroísmo que se banha em ironia, perfuma-se em cinismo, uma pausa oca e além de todos os vazios, véu baixando, um ríctus, como na atmosfera poemática exposta à galhofa.
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Sete pétalas resumem auroras e pontilhismos, todas exóticas, todas históricas, todas catárticas, todas patéticas, cruel existir em tempo assim filaucioso, duvido que em outro mundo alguém se curve, filtre os conhecimentos e saberes ecológicos, pense uma orquídea na pura ausência, no amplo vazio.
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Sete agulhas perdidas no palheiro aos linces do olhar que perscrutam as frestas entre as palhas secas, que vislumbre o último brilho da luz que o raio de sol deixou às largas.
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Sete corações à larga das buscas impreteríveis dos sentimentos e emoções que a alma desconhece degustam serenos o sabor dos tempos e ventos.


#riodejaneiro#, 19 de outubro de 2019#

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