PASHI NIMAN NARA# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: AFORISMO



Pashi Niman Nara
Flores desabrocham no jardim de cores multicores
E na alma de desejos e vontades, esperanças múltiplas...
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Pashi Niman Nara
Folhas tocadas pelo orvalho da noite, sublime do amor
E na língua do espírito verbos tornam-se infinitudes de sonhos...
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Pashi Niman Nara
Maresia marítima perfumando a manhã de outono
E nos olhos a esguelha da visão presente e pretérita
Os ouvidos atentos a sons distantes, longínquos...
Nenhum rumor de água a latejar na pedra seca.
Apenas sombra medra sob esta rocha.
(Chega-vos à sombra desta rocha púrpura),
E vou mostrar-vos algo distinto,
Cristalino, límpido, um diamante
Da sombra a caminhar atrás de vós
Quando amanhece
Ou de vossa sombra vespertina
Ao vosso encontro se elevando;
Vou revelar-vos o que é o medo
Num punhado de pó.
O que é o pânico
No som dos raios em dias de tempestades.
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Pashi Niman Nara
Segredos do tempo, enigmas do absoluto
Mitos do divino, rituais do deserto nos raios de sol
Pingos da chuvinha fina deslizam na vidraça do templo,
Ventos de leste sibilam no espaço de entre montanhas...
Os olhos são a lâmina
Do sol nos ossos de uma coluna
Árvore brande os ramos
E as vozes estão no frêmito
Do vento que está cantando
Mais distantes e solenes
Que uma estrela em delírios.
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Pashi Niman Nara
A vela acesa esplende da chama a essência
O silvestre da floresta exala o perfume do eterno
A Oliveira do tempo embeleza o silêncio da amplidão do universo...
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Pashi Niman Nara
Quero o silêncio de Gethsêmani
Quero a solidão de Paris
Quero o amor da flor de cactus
Quero o abismo do mar nas profundezas da lua.
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Pashi Niman Nara
Escóis desabotoam no horto de colorações multicolores
E na alma de apetites e eleições, expectativas copiosas...
Quando repousa sobre o abismo o sol,
Nítidas e nulas obras de eterna causa
Fulgem o Tempo e o Sonho é Sabedoria,
Desejo de Saber, Vontade do Conhecimento
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Pashi Niman Nara
A vela acesa esplende da chama a essência
O silvestre da floresta exala o perfume do eterno
A Oliveira do tempo embeleza o silêncio da amplidão do universo...
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Pashi Nimã Nara
Desejo o sossego de Gethsêmani
Desejo o isolamento de Paris
Desejo a querença da flor de cactus, da fortaleza e persistência
Desejo o báratro da imensidão nas funduras do instável.
Pashi Nimã Nara
Folhas atingidas pelo zimbro da escuridão, transcendente do bem-querer
E no idioma do pensamento eloquências volvem-se, Imensidades de devaneios...
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Pashi Niman Nara
Sigilos do tempo, incógnitas do supremo
Alegorias do sobrenatural praxes do despovoado nos coriscos de astro-rei
Gotas da pluviosidadezinha fina resvalam na vidraça do santuário,
Ventosidades de oriente ciciam no lugar de entre serranias...


#riodejaneiro#, 31 de outubro de 2019#

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