IN-VERSOS DO DIVO - URI SALA LASADI# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: AFORISMO



Re-versa visão de antanhas nostalgias da dor
Linces do subjetivo, espiritual, sensível,
Dor do nada, dor do vazio, dor do não ser,
Sofrimento das contradições, sofrimento das dialéticas,
Sofrimento das coscuvilhices, sofrimento das carências,
O nada esplende os in-versos do divo
Aos auspícios eternos e imortais da liberdade,
O nada sarapateia os re-versos do divino,
Contudo, abrir-se à escravidão do não ser
É a possibilidade da tragicomédia do fracasso,
No mundo, sempre a imagem da vítima
O vazio resplandece nas perspectivas da imagem
Refletida no espelho a abertura da entrega perene
Às nuvens brancas e trans-níveas do viver à toa
Dos desejos e buscas, das esperanças e fé,
Morrer à sombra fresca e suave da toa-vida
O não-ser magnifica, rejubila, vangloria
Em todas as dimensões do estar-aí, ser-aí,
Sendo-ser, ser-sendo a alegria e felicidade
Das utopias inda que longínquas da beleza
Artística e poética, profetizando a Estesia do Verbo.
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O que é isso? Vocês franziram a testa porque eu disse que ia ser uma tragédia? Sou um deus, e posso mudá-la; se vocês quiserem farei da tragédia uma comédia, com os mesmos versos, todos eles. Querem que seja assim ou não?
Templo do Templo, suspiro exprime, fluem sensações livres,
Subo a este ponto puro e me acostumo, familiarizo-me
Todo envolto por meu olhar marinho,
E como aos deuses dádiva suprema,
O resplendor solar sereno esparze
Na altitude desprezo soberano,
Desdém imperioso.
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Vou fazer com que seja um aforismo poético misto: com que seja uma tragicomédia porque não acho certo que seja uma comédia uma peça em que aparecem Dialéctica e Estesia do Verbo. O que vou fazer, então? Como também imortais da liberdade tomam parte nela, farei que seja, como já disse, um aforismo tragicômico
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Verbo-do-jardim-do-belo
Verbo-do-canteiro-do-maravilhoso(mágico),
Verbo-do-sítio-da-magia-amor...
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O meu pesadelo da vida,
Mudando de assunto,
É o sonho inalienável do Amor,
Pesadelo que é suar no corpo
O desejo incólume da vida "Ser-sendo", "Estar-sendo".
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Querer uma ária de lira,
As cordas vibram, vibram,
Desejar um som de flauta,
A flauta entoa, entoa,
Coro de vozes,
E as vozes cantam.
Nenhum músico se apresenta,
Os ouvidos são encantados
Pela mais suave harmonia.
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Sou o nada, pleno de vazios,
Sou o vazio, des-nada de sonhos e utopias,
Sou isto - o "it" do ser-não,
E amanhã,
Quando você sentir o meu ser,
Serei o nada-pós, o pós-nada,
Mas sempre, apesar das efemeridades da vida,
O mergulho profundo na minh´alma
Desejando a pós-inda-vida do Amor.


#riodejaneiro#, 31 de outubro de 2019#

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