PÓS REGENCIAIS DO VAZIO# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: AFORISMO




"O "imperativo da insolência" é libertar a vida dos dogmas e preceitos, regenciar os caminhos para o conhecimento e sabedoria do Tempo e do Ser" (Manoel Ferreira Neto)


Epígrafe:


"Nadificações pretéritas refletem e eliminam verdadeiros sonhos e dons subsequentes do indivíduo numa plena mutilação existencial" (Graça Fontis)
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Abertura à presença da plen-itude, emoções e desejos que re-velam travessias dos questionamentos questionando o questionar, dos pensamentos pensando o pensar ao trans-cendente da sabedoria e conhecimento transcendendo o espírito do subterrâneo, alcançando a superfície dos caminhos a serem per-corridos, andados à mercê sempre do há-de-vir, rolando pedras às profundezas dos abismos.
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Imagens. Perspectivas. Ângulos.
Metafísicas. Exegeses. Metáforas.
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A vontade de verdade leva à id-ent-ificação com os "construtores de pontes do futuro", o sensualismo epistêmico é o "imperativo correto", a farsa e falsidade, a hipocrisia e mentira da verdade, de que são eivados e seivados os boêmios dos versos e das estrofes, ritmando e metrificando os sentimentos e emoções do amor que só habita o imaginário deles, levam às "pontes", mister saltar de uma margem à outra, e a verdade, síntese da liberdade e con-templação do ser, não dá saltos, apenas "sensual-itude ilícita", contudo, aceitem ou não o prisma de visão, mas que possibilita o desejo da comunhão, respeitando as características que são aberturas para outras in-vestigações inda mais percucientes.
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Pectivas de pers longínquas refletindo nonsenses do nada obtuso de sentidos efêmeros, de significados voláteis à mercê do pretérito crepúsculo que projecta indícios de trevas e sombras aos confins do horizonte. À soleira da consumação das esperanças e sonhos da carne ser o verbo do incognoscível, os ossos serem o inaudito do incognoscente verbo do nunca, as cinzas serem os pós regenciais do vazio, que o vento recusa-se levar nos seus sibilos e silvos.
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Per de cusciente quiçá re-velando as orientações de vias de andança pela busca do conhecimento, do saber, do vazio à mercê do preenchimento da multiplicidade de pontos de vista em considerando a compreensão e entendimento da condição humana devido ao efêmero recusa a olhar, observar, con-templar a constância, o contínuo da busca do ser, abrindo frestas e frinchas a outras in-vestigações, assim compreender e entender o que é isto existir.
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Amarras do pretérito, alimento de impotências, incapacidades de seivar o tempo com outros talentos e dons do ser para o outro. Algemas do passado, o que me fora satisfaz o que intencionei realizar.
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Pectivas de pers que se apresentam e id-ent-ificam concebidas nos inter-stícios do outro, trans-seivam a água que corre nas fronteiras das peregrinas, sendeiras, solitárias veredas do ser-vero do mar, sticiando as docas, abrindo o itinerário para descansar as ondas nas areias da praia, e o verbo dos efêmeros, absolutos, eternos do tempo que se conjuga com os linces do in-finitivo no olhar, os panoramas do inter-dito da ec-sistência às re-versas prosas da Filosofia, às in-versas dimensões das Artes, do nada trans-vestido de idílicas querências, do vazio aforismado de vontades do pleroma dos sonhos e esperanças.


#riodejaneiro#, 22 de julho de 2019#

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