LEGIÃO #URANA" DO VIR-HÁ DE SER GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: PROSA


Jardins dos pensamentos - flores exalando perfumes divinos, pétalas de pura beleza des-abrochando, uni-versos e horizontes eivados dos verbos sensíveis da magia, o in-finito esplendendo de paz, serenidade, a roda-viva do mundo em pleno movimento, à luz do alvorecer borboletas em vôos livres, à mercê da travessia da noite a coruja em silêncio perscrutando no tempo as esperanças do conhecimento, o ser dos sonhos, o desejo da espiritualidade, o lobo corre atrás de sua presa, o seu breakfast, merece por haver uivado a noite inteira.

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A vida vive, vivendo. Vivendo, vive a vida; vivo a vida, viv-ento Pensamentos, Idéias, Utopias. Face a face in-verdades, mentiras, quimeras, fantasias, à imagem do verbo longínquo re-fletida, esplendendo raios numinosos na poética do espaço, ausências e manque-d´êtres de dimensões eidéticas do vir-a-ser da plen-itude, falhas e faltas de con-tingências do que trans-cende angústias e náuseas, carências da solidão e silêncio, os ventos sibilando dispersos sarapalhados por todos os cantos, recantos, sítios da terra.

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In-[transit]-ivos questionamentos, o senhor de olhos tristes das terras baixas, taos do ser à busca do orvalho da noite que, sublime, toca as folhas das flores, eivando desde a concepção do broto às pétalas des-abrochando, e o ser eidético da estesia da natureza se presentifica, a vida prossegue de dialéticas em dialéticas os caminhos de luz nas trevas, a vida anda de re-versos e contradicções, in-versos e nonsenses nas orlas marítimas por onde caminho no crepúsculo, a pena na mesa do quiosque a imprimir a tinta das palavras, o vento não a sopra, espera-me. O invero de neblinas gélidas, as neblinas gélidas do in-verno cobrem as visões do longínquo, distante, no olhar no vazio do além, nos recônditos da alma o medo, insegurança, solidão que se vai perpetuando ao longo das estações travessias vivaldianas e urbanas do verbo e tempo, efígies do Monte Castelo, cujos sonhos e fé são o amor e a cáritas da esperança, falando todas as línguas, recitando todos os versos e estrofes, declamando na ribalta das magias a perfeição da verdade, o soluto-ab do divino, pedras angulares dos sons de poemas que evangelizam os cânticos da primavera a resplandecer de beleza e estesia os rosáceos verbos da harmonia, sin-cronia, sin-tonia com o amor, a genesis primeva dos pretéritos, cosmos eivando o caos das dimensões da continuidade aberta ao tempo das consumações, caos alimentando o cosmos com os grãos do nada e efêmero, sêmen, húmus, sementes do sonho que antecede a esperança, esperança que precede a fé que fecunda, a fé que febunda, a fé que basta para elevar o tabernáculo do evangelho das flores que embelezam, estesiam ao paráclito do vernáculo da felicidade, do divino que habita a alma, em todas as contingências das cinas pretéritas às cinzas da morte, das cinzas da morte, morte da carne aos raios numinosos de outro alvorecer, a Língua Bíblica do Ser, em cujas palavras vivem, concebem o outro, dão a luz à Oriente Estrela da Ribalta no vero-ab do verb-etico de viver, passo a passo, as metáforas dos jardins do inverno, pers-pectivando a Legião #Urana# do vir-há de Ser.

#riodejaneiro#, 29 de julho de 2019#

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