**SABEDORIA SEM CURVA EM LINHA RETA** - Manoel Ferreira


Semântica e mística do verbo litteris do nada-palavra que soa e voa no silêncio da voz de quem a projeta nos éritos do pretérito inconsciente, nas iríasis do in-fin-itivo da memória, fonte quântica de bálsamo do In-finito que, nas asas do tempo, nas bordas do vento, verbaliza utopias e sonhos, evangeliza e espiritualiza a sabedoria sem curva em linha reta.
Linguística e mítica do trans-itivo verbo da palavra-nada que santifica a fonte sempre viva e trans-bordante dos albores da trans-cendência de quem a pronuncia desde os labirintos herméticos da alma, nos instantes de plena angústia e á-gonias à busca da plen-itude, às cavernas do In-finito de estalactites, no som de suas gotículas de água caindo no lago, no momento da glória de saber a memória do ser é o eidos do espírito.
Metáfora e lendas gregorianas da vazia-palavra, na língua de mira, que da cor da púrpura do alvorecer, cintila a criação, a invenção, o re-fazimento do poema-amor, poesia-existência, paisageando a luz branca do luar, historia as águas do rio que serpenteiam a imensidão da fonte do ser, salvaguardando a vida.
Sin-estesias e rituais da palavra-vazia, dardo de arremesso, enriquecem o silêncio que é pó trans-elevado à perfeição metafísica da neblina que circunda o In-finito de suavidade e leveza, projetando-lhe ao divino do ser-tempo da solidão, nadificam da humana condição de con-ting-ências, zênite e nadir, as pers das quimeras e sorrelfas, concebendo estrelas cintilantes à luz das esperanças e sonhos, utopias e querências, e a paixão pelo fulgor do pleno se revela nítida e nula, trans-parente e cristalina.






Manoel Ferreira Neto.
(06 de março de 2016)


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