#TROMBETA DO APOCALIPSE# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: PROSA




Danúbio de sentimentos à luz de re-{n}-[ov]-ações de projetos e ideais que transcendam e espiritualizem a alma sedenta de felicidades, emoções à mercê das pectivas do bem e eterno no limiar límpido dos raios do sol, que figuram os picos de montanhas distantes, presentes além dos abismos das pedras, do efêmero e passageiro na soleira de sombras e luzes das estrelas que inspiram os românticos e boêmios a negarem e negligenciarem os orgulhos e vaidades do historial, histórico, historialidade dos valores sensíveis, das virtudes éticas e morais à luz da razão que se in-versa para con-templar a verdade que se mostrará nítida, límpida e plena a partir da trombeta no Apocalipse - no nítido patamar do pálido crepúsculo, no cristalino pico da radiante aurora, os pensamentos voltados às compreensões e entendimentos dos sofrimentos e dores da alma, dos questionamentos e indagações dos enigmas e lendas das origens e princípios do ser na continuidade do tempo, do olhar à distância, empreender a viagem desde que possa ver a Vida, possa vislumbrar, alumbrar a semente paradisíaca da serpente e da sedução, des-lumbrar os mitos da gênese da vida e do mundo, a verdade divina desde David a Salomão -, que nesse instante faz brilhar o cimento das calçadas largas, sombras das árvores, transeuntes passando, indo às compras do sábado, encontrarem com os amigos no restaurante do centro da cidade, das periferias, descreverem as conquistas da semana, as glórias dos lucros e satisfações, descrevendo com distinção os benefícios que as tradições e conservadorismos lhes legaram, os solitários, enquanto andam às voltas com suas lembranças e recordações de momentos alegres, rogam a Deus a iluminação para prosseguirem a trajetória solitária, os casais inspirados debulhando o terço das gentilezas, carinhos, ternuras, prometendo e jurando amor eterno, diá-logos eivados de compreensão e entendimento, a esperança de amanhã, domingo, refestelem-se apaixonados e carinhosos à sombra do flamboyant ou do ipê amarelo, num piquenique, sentados ambos na cadeira de balanço no alpendre, dialogando sobre os tempos que hão de vir na plen-itude da entrega verdadeira, no pleno da vivência autêntica, no sublime dos comportamentos, ações e atitudes dignas e honradas, do sentimento do Uno e Unidade, do Verso e Poiésis, da Chave de Ouro e Soneto do Uno e Po-{é}-mático, do Verso-Uno profético, no encontro do espírito pleno de doações, aberto a todos os estilos e linguagens do amor verdadeiro, da amizade sincera e pura, da razão que busca a in-versão para se re-velar dentro da estesia das buscas e dos sonhos.


#RIODEJANEIRO#, 13 DE MARÇO DE 2019#

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