#PATAMAR DO PÁLIDO CREPÚSCULO# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: POEMA




Nada há, sei lá se há algo a ser sabido, conhecido, se assim não fosse, o que seria, se assim fosse, o que não seria? Nas palavras, na vertente espiritual de ser o que sou perante a vida, este milésimo de segundo que dedico e homenageio, tributo a travessia da contingência à trans-cendência do que foi olvidado ao que será inesquecível. Exijo aroma de liberdade, requeiro perfume de amor e solidariedade, compaixão e entendimento – de quem exijo? Exigir? Por que não? Não vou tecer an-álise percuciente das pré-fundas e profund-idades, pró-fundezas do que movimenta as idéias e os sentimentos, as imagens e perspectivas da memória, ângulos e bordas das re-cordações, lembranças, para dizer de mim próprio, das mesmidades ao longo dos séculos e milênios e projetos do eu, no pré-{s}-ente, passado e futuro, das pectivas das pers do outro que em mim per-cursa, in-cursa, de-cursa, imploro não re-viver mais o pó de um vulto, a cinza de um fantasma, a poeira de uma pers do espelho olhado de esguelha, de uma pectiva do convexo re-fletida no tempo do olhar, suplico a quebra dessa almusa não possuída e só.


Coração de êxtases e belezas dos verbos,
Aroma de liberdade, perfume de amor e solidariedade,
Sob as pers dos tempos dos temas temporais e intemporais,
O ser outro à luz da verdade do espírito.


Travessia da con-tingência à trans-cendência
Do olvidado ao que será inesquecível
Das pers do outro que em mim per-cursa, in-cursa, de-cursa,
Da pectiva do convexo re-fletida no tempo do olhar.


No nítido patamar do pálido crepúsculo,
No cristalino pico da radiante aurora,
Os pensamentos voltados às compreensões e entendimentos


Dos sofrimentos e dores da alma, do olhar à distância,
empreender a viagem desde que possa ver a Vida,
des-lumbrar os mitos da gênese e do mundo.


#RIODEJANEIRO#, 13 DE MARÇO DE 2019#

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