**A VOLÚPIA E A PALAVRA** GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: POEMA




Sendas
- idílios da felicidade tecendo de esperanças
O tempo de encontros e interações com o amor à luz
De re-fazendas das querências do "ser"
Veredas silvestres


Sendas campesinas
- No instante breve de in-finito,
Buscando o atalho mais curto,
Para chegar mais depressa ao amor,
Para viver mais espiritualmente as dimensões do amor
Toda a vida fala-nos de poesia
Toda a vida fala-nos de sensibilidade, espírito


Travessia
- De utopias do verbo a conjugarem
De horizontes os desejos em variados arco-íris,
Toda outra alma é um além-mundo
Fantasia da eternidade


Quimeras do perpétuo
- A entre-laçar num sussurro a volúpia e a palavra,
Todo o sentimento da vida cabe
Na pequenez de corações,
No porta-jóias intocável do sentir


Raios de sol
- Numinosas esperanças de entre a gênese
Do verbo amar e continuidade do ser amor
Re-fletem no olhar ao longo a bela sinfonia universal
O sol poente.
A lua nascente.


Gênese do desejo
- A história no ser, nuança de sins e nãos,
Imprime a caligrafia, pigmento do pensar
Epigrafa os fonemas, fragmentos do sentir
Registro, no cofre da memória,
No sopro gratuito....
Sedução do gozo
- No aprofundamento, aprimoramento do saber
Na busca indomável da verdade perpétua,
Refinada concepção: essência-conhecimento.


Êxtase do destino
- Imagens infinitesimais, a-nunciando perspectivas
Do além-verso de verbos divinos,
Inscrevem na moldura da alma suspensa no vazio
Do tempo a poesia do vir-a-ser,
O soneto do porvir,
As estrofes do que há-de se sonhar eterno,
As estesias além das fronteiras da contingência.


#RIODEJANEIRO#, 17 DE MARÇO DE 2019#

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