**SE AMANHÃ HOUVESSE - III PARTE** - Manoel Ferreira


Se amanhã houvesse de versar as miríades das intuições, percepções, sensibilidade que per-cursam a luz, de-cursam o brilho das imagens semânticas do ipsis da prosa ao litteris da alma, desejando o rosto das infini-itudes dos desejos e vontades, ser a efígie de um rosto de contingências da alma e nelas habitando a expressão do verbo do espírito, hoje estivera dobrareando as páginas ensimesmadas, en-si-mesmadas, pálidos crepúsculos, do alvorecer sertanejo, ouvindo um trinar de pássaro lindo, tecendo de letras o tapete silvestre em direção ao infinito, ao que trans-cende o esplendor da liberdade de ser quem faço de mim, quem crio e recrio de mim, re-crio-me, invento-me, re-invento-me às nuanças de brilhos e cintilâncias do há-de verbar mazelas e pitis nas bordas dos tapetes verbalizar tramóias, trambiques no centro de um picadeiro, cujos símbolos e signos são o entre-laçamento de outros fios no barroco de subjuntiv-itudes do eterno que riscam o étereo do espelho com o diamante ilustrativo das brumas que habitam as prefundas dos mistérios e enigmas, são eles o húmus da pétala seca da rosa negra, que exala o perfume das eter-itudes, o que é o odor agradável e sensível da esperança, sonho, utopia, sorrelfa, quimera das nostalgias que confeteiam da arte de tecer as saudades melancólicas e ensimesmadas de salpicos e sarapalhas regenciais da perfectu-itude do amor-caritas nas ad-versidades e div-ersidades do "come, pequena suja, come chocolate, olha que não existe outra metafísica no mundo senão comer chocolate", eis o fingimento, eis a farsa, eis o ethos do son, ritmo e melodia da estesia, poesia e identificação do ethos da música, do acorde do violão da boêmia que canta o lírico das linguísticas, que figuram as orquídeas da Alegria Breve.



Manoel Ferreira Neto
(Rio de Janeiro, 27 de setembro de 2016)


Comentários