**ÁGUAS DO SILÊNCIO PARÁCLITO** - Manoel Ferreira


Glória aos "echos" do logus
Que emitem o silêncio da natureza
No seu re-novar-se e re-nascer-se continuo
Em direção às arribas e confins
Do uni-verso de horizontes paráclitos.



E não é que a Primavera é o A-núncio do Natal,
Natal de numinosos desejos do sublime,
A re-velação do Amor pleno e divinal
Re-presentado por Cristo.
Primavera, silêncio do Ser,
Oração para a reflexão e meditação
Da vocação para o Amor,
Da missão para a Solidariedade,
Compaixão.



A Primavera flora o eidos da beleza,
A essência da estesia, o núcleo do êxtase
Re-presentada pelas éresis e iríadas
Das esperanças e sonhos,
Emana o espírito da vida,
Des-emboca na Luz do Espírito Santo,
Natal do Amor e de todas as Esperanças do Ser.



A Primavera expressa a "it-ude" das águas
- e não é que no pre-núncio dela
a chuva se re-vela para a re-constituição
Das folhas que caíram das árvores,
Deixando-as nuas, desprovidas das vestes do ser? -
E com elas a cristalinidade flora
Na continuidade do tempo até o Amor-Verdade.



Águas da Primavera.
Águas do Silêncio na Primavera do Ser.



Manoel Ferreira Neto.
(21 de setembro de 2016)


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