ANINHA JÚLIA Ana Júlia Machado POETISA E ESCRITORA ANALISA E INTERPRETA O TEXTO /**INTELECTUAL, SUPERSTAR**/


Grande ensinamento. que Manoel Ferreira Neto aos que pensam que têm o mundo aos seus pés. Que o possuir erudição pode espezinhar o outro. Imerge na imodéstia, Mas a vida aponta-lhe o sorvedouro sem qualquer agitação e zunidos. Vive com toda a comodidade, mas na verdade, a existência permanece retirada dele…não se compadece com mordomias. Sujeito que sabe tudo e não sabe nada…não consegue ver a insignificância de tudo que tem ou pensa ter. Não enxerga que o ser assim em nada colabora para a vida do homem.
Sempre é melhor pensar um pouco nas suas atitudes. O estrelato não dá direito a tudo.
Quando a sua erudição encontrar-se em campo, aja de modos a que sua participação seja ela enorme ou diminuta seja recordada no desfecho do jogo da vida.
Jamais despenda seu tempo a pensar que é melhor que o outro, seja sempre aquele com quem os distintos podem assimilar benefício a mais, e não a sua arrogância e prepotência, pois há sempre aquele que é mais estrela, e passa despercebido, não precisa de medalhas, mas dar o que de melhor tem no seu âmago…o esboço dele é belo e nada teme.
Pois as ideias são factos. Elas são providas de físicos, fôlego e ansas e que nós os endereçamos para atestar o mundo com benignos ou pérfidos desfechos. Que nossos entendimentos mais ocultos adejam por pontos mais longínquos da terra, cedendo suas graças ou reveses como pegadas atras de si .Assim edificamos nossos porvires para o proveito ou para o infortúnio, para triunfo ou para a derrota. Conceba do universo seu propósito e aguarde. Pois querença acarreta, querença triunfo importa trinfo e alacridade encaminha dita.
Por isso considere no que está cogitando e acerte a direcção de tempos, em tempos.
O que espelha aos distintos é o que seu coração quer exibir!!.
Manoel, grande escritor, não é agreste, algumas criaturas, têm a aptidão de pretender abespinhar a sua tolerância, e este é uma dádiva que não compete a todos...pois sua resposta está sempre pronta, na ponta da língua e afiada quando se mostra necessário…e então faz a réplica ao amigo que não conhece…que não possui sensibilidade..que não entende a eloquência amar, que não se esqueça das contradições das luzes da ribalta…tanto estão na mó de cima…como rapidamente tudo se abate…
Um texto sublime, Sem papas na língua., Pensa o mesmo que muita gente, mas com a diferença que ele diz, os outros encolhem-se na hipocrisia e nas palmadinhas nas costas.
A erudição não vem apenas nos livros….mas sim nos livros da vida.



Ana Júlia Machado






**INTELECTUAL, SUPERSTAR**



Quem é você, amigo? Não o conheço, todos aqueles anos apenas traçaram um esboço de você. Atrás deste esboço, o medo mais que visível. Em cima do medo, tudo se pode criar, re-criar, in-ventar para envelá-lo.
O que a sua sabedoria, seu intelecto têm a contribuir com as veredas e sendas dos homens? Você, então, pensa que interpretando, analisando as grandes idéias, ciências, sonhos e utopias, irá contribuir com a trans-parência dos princípios cristãos, os valores humanísticos, virtudes humanitárias? Você, então, sente que está na vida deixando sua sensibilidade, espiritualidade, con-templando o pleno das plen-itudes, o símbolo da consciência-estética-ética. Não me leve a mal, não me leve a mal... Mas não são interpretações, análises que irão mostrar os horizontes, universos outros da vida, mas a sensibilidade de sentir o peito, a alma do homem, o espírito que habita o ser da humanidade. Não é o sonho do verbo amar que irá trans-parecer todas as esperanças e fé, mas o verbo amar dos sonhos que irá abrir as janelas do peito, as venezianas do ser para a sublim-idade.
Os filósofos, escritores e cientistas estão em constante diá-logo com a vida, com os pretéritos e indicativos das situações e circunstâncias históricas, e você sente e pensa que tem a res-posta perene para o destino da humanidade, considerando a Dialética da Iluminação. Esquece-se, todavia, da Contradiçao das Luzes da Ribalta. Não me leve a mal, não me leve a mal. Penso que você está vivendo o orgulho de um Superstar da Intelectualidade, da Cultura, da História da Igreja, do Cristianismo, da Cristandade, mas se esqueceu de vasculhar os inter-ditos de sua alma de medos da vida e hesitâncias de con-templar os efêmeros e nadas do estar-no-mundo. Intelecto jamais deu qualquer res-posta para os mistérios, enigmas, segredos da vida, da vida, e jamais dará. Só a sensibilidade pode traçar ao longo do tempo a problemática do homem em todas as dimensões e níveis.
Quem é você? De que está valendo todos os anos de estudo, de pesquisa, de entrega ao sentimento da Vida, a divin-idade do Ser? Mergulhou-se na vaidade do conhecimento, da sabedoria. O Superstar. E a Vida mostra-lhe apenas o abismo sem quaisquer ventos, sem quaisquer sibilos. Vive de confortos, bem-estar, com todas as mordomias, mas a Vida mesma está ausente de você. Será que não enxerga o nada de tudo isso? Será que não vê seus conhecimentos e sabedorias nada têm a contribuir para a história da humanidade?



Manoel Ferreira Neto
(19 de setembro de 2016)


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