PINTORA ESCRITORA POETISA E CRÍTICA LITERÁRIA Graça Fontis AZVIA ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO LITERÁRIA E FILOSÓFICA DO POEMA #ABECEDÁRIO METAFÍSICO DO VAZIO E DO NADA#, DE Manoel Ferreira Neto @@@


#AZ-VIANDO" CAMINHOS - II PARTE#
GRAÇA FONTIS: POEMA CRÍTICO
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Lastros imanentes encontram-se
No chão desta nação, meu corpo
Também vácuos num mundo desconhecido
Excêntrico entre a bela-forma
E a informidade macabra
Ora manifesta, ora oculta
Levando-me por onde a esperança também caminha
No impulso aerodinâmico ao encontro dos sentidos
De modo que, mais jeitados
Quis meus olhos ao acaso
Dentre razões abstratas
Viver a vida, tem sentido
Pode à penas valer.
Solto, leve, grave
Ou... selvagentemente apaziguado...
Dando recibo sem desta sair
Carimbo e selo a realidade
Com essa/esta,' MINHA' feliz cara de déjà-vu
Para estátuas e heróis
Alçaram vôos as estrelas
Não puderam alcançá-las!
***
Movimentos em ordenanças
Tacitez a volubilidade mental
Hora rebolinsana ao que difere
Imagens da semelhança
Abstratos do concreto que a vida nos torna.
Não reterei lembranças
Deixo-as fruirem
O que fora, já não é
Deixou de ser nesse distante voo interior
Desta minha falsa inocência
No sumidouro por onde os dilemas se desenrolam
Deste, meus próprios enigmas e...
Crenças ilusórias não transparecerão
No caminho com que meus pés marcam
Substancialmente o ritmo tácito do meu esquecimento
Ao não valha a pena lembrar... foi-se!
Extemporâneas fugiram
Para onde nascem, morrem
No meu bocejar engole lua Ahhhh... quê sono!
***
Novas imolacões surgem, o perspectivismo ascende
Na onisciência do caminho às vias finitas
Da realidade dobrada no declínio
Desânimo atenta angústias
Assolam-me
Como das buscas não fosse digno
Ou destas um embusteiro
Dentro do próprio tempo eclipsado?
Ignorá-lo-ei!
Quero ver, sentir e conservar
As colossais reservas de prazeres
Aqui, contidas a espera do desdobramento
Dos céus relampejantes nesse mundo escuro
Trazendo algo mais convincente
Aos meus constelados anseios
Porquando tristeza aperta
E um abraço temporiza
As imulacões enfáticas dos pensamentos
Homogeneizados as tendensidades
Às linhas d'um natural horizonte
De total ambiguidade e o meu silêncio já não cabe
Diluiu-se.
Afinal.. é só isso?... "Vida" e morte?
***
Ou seja; escusativarei o pensar
Executores de meus temores roxo e negro
No vago aberto da noite
Por onde malogro, carências, tristezas, entram
E elevam-me aos artífices do inexplicável
Oxalá explicável a voz perdida
De espreita a circunspecção
D'entre lâminas das dúvidas
Para acordes requeridores
De outra força inda inaudita
Como um rio engrossado por sementes
Gerrminadoras de esperanças
Sem incorrer-me em desrespeito
Aos poderosos mistérios vindos do céu
Sussurros ampliadores da pouca visão
E à paleta de prata e ouro a colorir renovos
Já distados dos conflitos
Empoeirados e mal-cheirosos
Esquecidos, lixos n'um canto mental
Que lá, na mais alta torre de catedral, deixei
Inócuos, tornam-se gases
Muito aquém dos cochichos
Sonorizantes e sugestionavél às elevações
Ao erguer-se antes do sol E... badalo gritante do sino
Acorda, o dia seguinte já chegou
Coma os frutos, saboreie o manjar
O cardápio é suculento na roda em que giram os homens, mas...
Seria de excelência?
***
Parecem in memoriam prospectivacões
Empoladas, do nada emergem
Prendas a oferecer não há
A quem bebe da própria lucidez
E com risos, seus presentidos sonhos
Tais como os ventos
Diferentes e mutantes
Intermitentes na terra que não pára
Em todas direções intrépidos avançam
Como os estranhos costumes
E alguns viajantes estranhos
Também como a terra não param.
Então que a vida não acaba
Nesse vento tanto ventando
Que desta ventania, apenas nunca mais
A minha identidade visareira
Vicejante no tilintar das taças
De fundo suspiro
Ao palmilhar brancas linhas
Enleado ao trilho lúdico
Dos amores e desejâncias
D'um personagem tipado de fábulas e fantasias
Ao recompor cantatas em versos e reversos
A revivescerem felicidades
A alguém o amor ressuscite.
Inflexível recomeço da estrada
Alinhado a tepidez do tempo
Dos elementos de compor arte...composição
A mão conclui:...
O gosto do que faço
Fazendo o que gosto
Aventurando-me...
Resistindo para não me render
Aos problemas e fantasias
Por ironias ou sapiência
O corpo dos sonhos geram!
***
Quisera esqueça tamanha fidelidade
As vontades em vãs solércias
Destas, esquiva-me ante derradeira vitória
Mesmo inda ocultos estejam seus vestígios
Sincronizados às horas de erosão
Entre as paredes internas e facticiosas da memória
Lugar de sombras e indecisão
Em que outra parte de mim vagueia
De modo infalível as declinações
Até às fibras ressentidas da alma.
Requerendo em afãs, Os portões abertos dessa inteligência
Indiferentes aos corais ardilosos
Pueris a lógica quanto variantes perspectivas
D'um horizonte luminoso
Recortado bizarramente de arvoredos
Estremecedores de góticos relevos
Com seus arrepios de doces aragens.
Defronte o requinte dessa veracidade... Extasio-me!
***
Réquiem nostálgico ulterior em mim ressoa
Faceta profundas transformações
Sobejantes a pureza das inspirações
Capítulos vivenciados e preterizam-se
Revificantes deslizam em volteirantes
Os adensados símbolos inda indecifráveis
A espera de acesse as luzes pendentes
A se acenderem sobre esta vitalidade
Não calada no sopro ardente
Deste testemunho temporário
Que ama, desama, uiva, sofre e ri
Na fome e na procura desse imaginário
Excedente sob a cortina da madrugada e do mundo
Umedecido pelas absurdas gotas vernaculares
A pingarem sem reticências
Às dezenas de pernas do leito PENSANTE
De tudo sorve e propele
Suor, aromas, algo de cheiro novo no ar
E na cara o brilhantismo noctívago estampa
Espelhando-se nas águas límpidas
Interpostas entre um e outros
Para o emplaque de tudo refletido
Do abismo as alturas
Todo o ser... Apenas em "SER".
Graça Fontis
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#ABECEDÁRIO METAFÍSICO DO VAZIO E DO NADA#
GRAÇA FONTIS: PINTURA
Fesmone: POEMA
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Lâminas afiadas cortam de sinistros mistérios
Carências, inseguranças, medos,
Há uma mola ceifada em mim dentro, bradando,
Posso mover os olhos, mas não a cabeça,
Dir-se-ia estar ela apenas pousada no pescoço,
Se a giro, deixo-a cair.
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Memórias sarapalhadas por todos os cantos e sítios
Reuni-las, comungá-las, aderi-las,
Não desejo, não quero, não intenciono pensar
O que as memórias significam, identificam,
Sou porque não quero pensar as memórias,
Penso que eu... por que... bah!
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Nada a espreitar-me de esguelha,
Quiça querendo saber as intropecções, circunspecções,
Talvez mostrar-me estar perquirindo o que me habita,
Arrancar-me as volúpias, êxtases, alfim a alma
Verte lágrimas pujantes por não admitir a morte,
A vida andam de mãos dadas: nasce-se, morre-se sem nada.
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Oráculos decifrem-me as culpas, remorsos,
Revelem os meus sacrifícios, minhas penas
Por pecar contra a santidade das dores, sofrimentos,
Abóboras das sorrelfas e desvarios do eterno/eternidade
Nas mãos vazias de sementes, frutos dos inauditos sentimentos
Das sagas originárias das intemperanças e inquietudes.
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Pers de pectivas de risíveis amores
Solsticiam de fantasias e imaginações férteis
Prazeres, felicidade, alegria,
Ao invés de alçar voos por picos e colinas,
Apraz-me andar nos dormentes da linha férrea,
Andarilho de tragédias da sabedoria e conhecimento.
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Querenças ambíguas, dúbias do que não existe
A complementar as regências e gerências
Das metafísicas que contingenciam o nada,
Das metáforas que despertam o espírito,
Ascendem o vazio às antípodas da verdade,
E todas as in-verdades esparramadas na mesa.
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Reter-me geográfica e animicamente
Numa paisagem vocabular,
Se o lugar realça o ser que nele se encontra,
Este por sua vez atribui ao lugar
Em que se encontra alguma coisa
De sua própria individualidade.
#RIO DE JANEIRO, 08 DE MAIO DE 2020, 08:08 a.m.#

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