ETERNO PRESENTE OU ETERNO MEIO-DIA⏳# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: AFORISMO ***
No canto
da coruja, ritmo, melodia, acorde e notas da gnose de re-fletir o frouxel da
vida.
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O frêmito
da hora, a todo espaço, os raios de sol oscilam às vagas das árvores, os
brilhos se multiplicam nas frinchas, as sombras se refletem no solo de
vegetação rasteira.
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A
verbalização do in-audito e in-cognoscível dos mistérios do ser, enigmas do tempo
e da in-consciência, memórias, faz-se no labor do mais sagrado, na silenciosa e
inalterada vontade, aliciando as imagens das coisas mais elevadas. A
verbalização do inter-dito do in-audível faz-se nos arrebiques de todas as
visões para além de todos os eitos celestiais, olhares de todas as dimensões do
universo, frouxel de enlevos e contornos até às raízes do coração.
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O
presente é a tangente que toca em um ponto o círculo do tempo. Esse ponto não
gira com o círculo, mas permanece, e isso significa: eterno presente ou eterno
meio-dia. O problema é que olhamos o círculo que gira eternamente, e não o
ponto permanente do contato com a tangente, embora só possamos perceber esse
giro em contraste com o ponto que permanece.
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Aquele
que olha para trás percebe que foi nesse instante nevrálgico que teve a
oportunidade de deixar o pensamento linear e de aceitar a colisão, dispondo ao
que é intrínseco à natureza humana, vale dizer: a transformação, o processo de
tornar-se, do vir a ser.
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Assim é
todo o conhecimento e sabedoria que, nalgum dia, darão a luz à verdade outras
nuanças das utopias do eterno e imortal.
#RIO DE
JANEIRO(RJ), 07 DE MAIO DE 2020, 05:12 a.m.#
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