#LIBERDADE À LUZ DO FOGGY BRITÂNICO# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: PROSA ***



Dedicatória:


Queremos, Graça Fontis e eu, dedicar esta obra à nossa Amiga Sonia Fiore.
***
Só,


no silêncio cercado pelo assobio de vento entre morros, no foggy que cobre toda a natureza, pós chuva da madrugada, o in-verno se a-nuncia forte, quero re-colher-me tranquilo, sereno, quero dormir o sono profundo, gostoso, quero descansar de buscas, questionamentos, indagações, quero repousar de dúvidas, medos, incertezas, quero dormir na distância de um ser que jamais lhe pertenceu, quero alvorecer no tempo nublado, sentindo o frio íntimo, a umidade de intuições, percepções, inspirações, criando-me suave e sereno, quero sentir o friozinho agradável no corpo, a alma leve, suave, serena, tranquila.
***
O calor das sinapses não en-velam, não escondem, não omitem, não mentem ou criam as expressões da tez, em dobras que prostram a dor e o riso, em rugas que denunciam o tempo transcorrido.
***
Solidão
nas curvas de estradas clivosas a perderem-se de vista,
nas vias sinuosas da selva,
serpentes serpenteiam ziguezagueantes caminhos,
Sonhos
de querências que são póstumos,
Oníricos entre-laçamentos entre o póstero e o efêmero
Re-fazem as perspectivas almáticas,
Artificiam as utopias da liberdade e do desejo de ser
Perspectiva de horizonte longínquo,
Uni-verso distante das estrelas e da lua cheia.
***
Só,


na solidão das curvas de rodovias, desejo sentar-me à margem delas, permanecer assim por tempo ilimitado, olhando ao redor a vida, a natureza, a essência de todas as coisas do mundo, da terra, das profundezas do mar.
***
Nenhum perjúrio de encanto nem a vida do a-lumbramento, nem a morte do des-lumbramento.
***
Sem pensamentos, sem idéias, sem razão, sem senso, do ec-sistir, vazio de mim, apenas a alma e o espírito, o corpo, a carne, os ossos, o sangue a percorrer as veias, quero sentir a presença do que me trans-cende nesta jornada sem principio, sem meio, sem fim, escancarada a todos os horizontes, perpétuos e efêmeros; à noite, olhar o brilho das estrelas, a luz da lua, dormir no chão, sobre a terra, sobre a poeira, levantar-me, prosseguir a caminhada.
***
Dos verbos silentes, re-fazer as perspectivas da alma, regências e concordâncias dos ideais e sonhos, metáforas e metafísicas da liberdade à luz do foggy britânico que se re-faz no nada, do vazio que preenche os instantes de múltiplas utopias na roda-viva do tempo, re-colher, a-colher no destino de minhas poeiras e o que habita as socapas desde tempos imemoriais, o que reside nas quimeras desde este instante-limite ao porvir, da soma de minhas sombras que é proporcional à multipliicidade das luzes e quanto mais forte é a obscuridade que se vê, que se enxerga, que se con-templa, mais esplendor tem a faísca múltipla da visão, desde o gênesis à eternidade, o que a-nuncia os sonhos de querências que são póstumos, a perfeita espontaneidade do amor quer conduzir-me para a liberdade, a felicidade não seja unicamente instantes, seja a visão da divina trans-parência da Liberdade.
***
Minha própria alma é chama, é luz, são trevas de luzes no poço do silêncio, no vazio sibilos desconhecidos que sobem rumo à superfície dos vulcões, ao ar, ecoa o canto da coruja: insaciável de long-itudes novas, sonhos que não passam de ilusões [antes, e num estilo mais puro do que o poderia eu fazer, delineio esboços, o sentido e a imagem de um olhar, a perspectiva de horizonte perdido no espaço sideral, de uni-verso distante das estrelas e da lua minguante], entregar-me de corpo e alma aos anseios iluminados em seus valores eternos como imagem e como visão fugaz da própria divindade, quero uma flama! A eternidade não pré-ocupa, o póstumo se entrelaçou ao efêmero: cumpre a pena que sublima, cumpre a esfera que suprassume, cumpre A TINTA QUE ENFATIZA OS CARACTERES E SÍMBOLOS, meneia o perplexo, excêntrico.


#RIO DE JANEIRO(RJ), 16 DE MAIO DE 2020, 11:05 a.m.#


Comentários