#DE LETRAS GÓTICAS🖋# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: POEMA ***
Silêncio
de morte perpassando instantes de vida
A morte
do silêncio não cabe nos raios de luz da solidão
A luz da
solidão não é prosa da ausência, forclusion
O deserto
do tempo na poesia do verbo
Concebe a
regência do sublime
Solidão
do silêncio pres-en-ifica movimentos de ideais
Protelem-se
as melancolias, posterguem-se as nostalgias
Crepitem-se
as achas de lenhas na lareira das etern-itudes
Des-amarrem
os corações do romantismo do amor não correspondido
Des-algemem
as almas do subjetivismo da liberdade
De
vislumbrar o horizonte de costas para o universo
Da beleza
do belo, do esplendor da magia da pureza
Prosa de
solidão silenciando a música da luz
Sonorizando
os rituais místicos e míticos, erudição
Que
epigrafa de letras góticas o símbolo supremo do absoluto
Acordando
de notas altissonantes o último vernáculo de lácias
Sin-estesias,
metáforas que cintilam inter-ditas de volos,
Querências,
desejâncias da esperança primeva do apocalipse
Incongruente
de raios cintilantes de sombras, brumas, trevas
Poema de
pura música da luz não se escreve no crepúsculo
Povoado
de memórias do ad-vir, lembranças do além,
Recordações
do absoluto que desvelam in totum mistérios,
Enigmas e
segredos do verbo sob a luz da carne que se arde
De
volúpias, êxtases, prazeres, gozos, clímax
Prosa de
singela luz da música não se epitafia na madrugada
De
solidão, do silêncio, presentes todas as carências
Simbolo
de sin-estesias sin-crônicas com o barroco das desesperanças da liberdade, da
alma na morte das ilusões,
quimeras
e sorrelfas da plen-itude in-fin-itiva da felicidade suprema
Erudição
sensitiva ao conhecimento lógico
Para
aniquilar o raciocínio presente,
Erigindo-o
a um raciocínio não só da mente,
Mas do
Ser por completo
Última
letra do vernáculo de erudição
Signo de
metafísicas sin-tônicas com o futurismo de cores ultra dilacerantes ad-jacentes
ao in-verno que re-versa a carência do amor
Ontem de
quem me fui carente de silêncio, solidão
Ontem de
quem me pres-ent-ificavam poemas, prosas
Vislumbrando
o nonsense de tudo que é perfeito, essência
Tirando
as vestes, nu diante do tempo e dos universos
Conservando
os óculos escuros, o chapéu branco de malandro.
#RIO DE
JANEIRO, 14 DE MAIO DE 2020, 10:13 a.m.#
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