SABOR DE PECADO# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: AFORISMO



Calor, às bessas do lúdico seduzindo a carne dos êxtases,
Luxúria
Amor, às luzes de sonhos e esperanças seduzindo a alma
Prazeres
Lúdicas sensações do eterno, perene, não esquecendo
As pretéritas mazelas do pecado,
Os subjuntivos pitis libidinosos acalentando os instintos
Libertinagens.
Os particípios da nostalgia sorumbática primeva alentando
Ausências.
Passar a mão no toco Brejaúba.
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Sabor, fruto pleno, viçoso, convida confins a participar,
Compartilhar, curtir cafuas no universo além de todas as perspectivas, além de todas as prospectivas
Aquém do infinito.
Tocar dedos no toco de Brejaúba.
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In-verno de metafísicas, metafísicas de neblinas,
Neves,
Verão de metáforas, metáforas de calor, caliências,
Na lareira, lenha de angico, dando a luz às chamas,
Lá fora, a brisa fria, gélida,
Desertas as ruas e avenidas, mendigos nas calçadas,
Solidão, silêncio, vazio
Chamas de melancolias, nostalgias,
Pretéritas sorrelfas, fantasias, ilusões
Síntese de desejos, prazeres, volúpias
Na calada da madrugada de idílios e dialéticas,
Devaneios poéticos de deixar a pena por alguns dias,
Sem quaisquer condições, não me pertenço
A plen-itude da sensibilidade não participa da efêmera eternidade,
Verão de re-fazendas, verão de re-versas saudades,
Éden esquecido,
Sentimentos e emoções, solstícios do sabor do amor,
Do sonho, da esperança,
Do verão, as metafísicas da metáfora,
Das metafísicas do estilo, a pena de ideais, responsabilidades...
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Sabor de pecado,
Sabor de mazela,
Sabor das angústias, ansiedades
Sabor do nada.
Na compota de cristal, sobre a mesa,
O efêmero néctar do orgulho e da vaidade,
Deserto o campo de brisas gélidas,
No alpendre, a luz acesa...
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Bosque de sonhos, utopias
Ilha de idéias, ideais.
Beira-mar de desejos e verdades,
Orla de quimeras, ARTES E EXISTÊNCIA
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Passos lentos levados nas vias.


#riodejaneiro, 27 de dezembro de 2019#

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