#DEVANEANDO NO BOSQUE DE SOMBRAS# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: POEMA



Inter-ditos da morte
A-e-i-o-u...
Auscultar o murmúrio de vozes
Enveladas de tristezas e agonias,
Introspectivos as alegrias e prazeres,
Ou musicalizar o cântico das travessias,
Seria que não estivesse
Vagando por aí através
De um nada infinito?
Devaneando acolá por intermédio
De um vazio sem limites e fronteiras,
E o des-conhecido de morrer
A-b-c-d-e,
Além dos caracteres visíveis e invisíveis,
Bem aquém deslizam lágrimas pujantes, en-si-mesmadas,
O espaço vazio,
Seria que não estivesse me bafejando?
Ou seria que estivesse blefando com os
Pretéritos sonhos do conhecimento, utopias da sabedoria,
Ou seria que estivesse trafulhando
Com os naipes das cartas de pôquer?
Ou... Ou...
Náuseas da verdade absoluta
Perspectiva que é continuidade no tempo
Verbo da plen-itude, compondo desejos do ad-vir
A existência não é um argumento;
Dentre as condições da existência,
Poderia existir o engano.


#riodejaneiro, 27 de dezembro de 2019#

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