ALVORECER... RE-NASCIMENTO GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: POEMA



Minha amada Esposa e Companheira das Artes, Graça Fontis, Ano Novo de muitos sonhos do conhecimento que queimam em seu peito sejam trilhados e assimilados, o tempo re-velará o nosso pensamento e o mundo livres, seguindo a longa estrada....
Beijos no coração, Benzinha
Manoel Ferreira Neto:
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Alvorecer. Renascimento...
Metáfora do visível invisível,
Ex-tase de uma passagem do in-concebível
Ao desejo do sensível ou
A penas a trans-literalização do nada vazio
De perspectivas do efêmero,
Ou ainda apenas uma viagem in extremis
Do mistério in-audito do ser
À vontade da intuição do há-de vir.
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Des-érticas melancolias
Nobres e eruditas tres-passam o sublime,
In-finito do tempo,
Re-fazendo as memórias in-exprimíveis
Dos desejos e vontades de o nada saciar a sede,
De o efêmero vers-ejar de ritmos e métricas
A ausência de perfeição, a falta do verbo de ser,
Devia precipitar-me de vez, nas águas,
Venha o mar... Venham as ondas,
Maresias, venham baladas...
Somos um longo, longo caminho de casa, Graça,,
Início é um longo, longo caminho de nós
Eu me sinto um vento soprando sujo
Diabos e poeira.
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As vozes in-fin-itivas do mistério in-audito da alma,
A poesia son-ética dos sentimentos e emoções
Orvalhados de sereno noctívago
Sin-estesiando esperançs e sonhos da verdade,
Linguística das etern-itudes solenes e clássicas,
Semântica das sempr-itudes da
Fonte originária da linguagem do ser,
Poiético vernáculo das nad-itudes do belo e dos ex-tases
Composto das situações e circunstâncias quotidianas,
A roda-viva da liberdade, das perquirições,
Faz ondas marítimas tocando leve e suavemente
As areias da praia
Onde as gaivotas se alimentam no alvorecer.
Os presentes de Iemanjá por toda a orla...
O primeiro sol nascendo no horizonte...
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Nada sou. Sou nada. Por átimos de segundos, con-templando o que me perpassava as dimensões sensíveis, nalguns instantes esboço de um sorriso na face, pensei e senti que isto de ser nada são re-velações, a-nunciações de esperanças, fonte originária da entrega plena, flora outro tempo na floração das utopias e perspectivas de outras ribaltas de luzes, de outros ósculos inda mais quentes, mãos entre-laçadas, abertos ao porvir.... A Ilha, nossa rede de sonhos e utopias...
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Sentimentos. Sensações, emoções.
Abstrato do eterno efêmero.
Realidade do nada eterno.
Solidão. Silêncio.
Vozes que perpassam os interstícios
Do não-ser precedido de carências,
Vozes voluptuosas de voláteis sons
E ritmos do que trans-cende o eterno infinito
Ao volúvel uni-verso de paisagens do espaço,
Do tempo, do verbo.
O acontecimento e sua adaptação na insondabilidade
Do espaço-tempo são a rede
Em que o último Deus se pendura ou prende,
O peregrino segue tocando a sua gaita,
Para rasgá-la e deixar terminar
Em sua unicidade, divino e raro
E o mais estranho entre todos os entes.
#riodejaneiro, 22 de dezembro de 2019#

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