#ODISSÉIA DO TEMPO E SUBLIME# GRAÇA FONTIS: FOTO(ARQUIVO) Manoel Ferreira Neto: POEMA



DEDICATÓRIA:
Quero dedicar este POEMA aos homens, à humanidade, aos amigos reais e virtuais, companheiros das Artes e das Letras, especialmente à minha Amada e mui querida Esposa e Companheira das Artes, Graça Fontis, às amigas e críticas literárias Ana Júlia Machado e Sonia Gonçalves, desejando a todos um Ano de 2020, de muitas conquistas e realizações. Sei e conheço bem que as situações e circunstâncias hodiernas estão complicadas e difíceis. Haverá sempre resposta, não a que especificamente desejamos, mas o que a Existência diz ser a que merecemos.
Manoel Ferreira Neto
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Elejo a odisséia sublime da roda-viva
da sina e do tempo,
meditando seriamente as circunstâncias
de exercer a LIBERDADE que compensa as
imanências da história,
e a história não tem fim,
só possui meio.
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Raios e trovões inestimáveis precisam
de tempo,
carece de tempo a luz das estrelas,
as ações precisam de tempo para serem
vistas e ouvidas,
depois de patenteadas.
Antes isso que ser o que atravessa a vida
olhando para trás e sentindo tripudiado,
enganado por mim próprio,
magoado com o destino que traçara,
apesar de que inda possa traçar
noutros ângulos;
por indiferença às noções
de sofrimentos e dores,
não me esmagariam
os ombros do pensamento.
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Se o mundo é algo houvesse sido melhor,
se não existisse,
então o intelecto do filósofo,
que faz parte desse mundo,
habita-o,
é também um intelecto
que seria melhor não pensasse.
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È mister a filosofia ser otimista,
caso contrário,
negaria seu direito à existência.
Seria que não houvesse dado atenção
aos caminhos que deveria projectar,
sabendo-os?
Nada entendo, nada compreendo.
Há respostas só no crepúsculo
se esclarecem e se realizam.
Quantas realizadas, saboreadas,
degustadas, duas taças de tim-tim.
Inda outras tantas a serem!
A exiguidade do tempo
no relógio do pensamento:
não dizem que o pensamento
é a conversa do homem consigo mesmo?
#riodejaneiro, 27 de dezembro de 2019#

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