POETISA ESCRITORA E CRÍTICA LITERÁRIA Ana Júlia Machado POETIZA //*ÉTER DE INTER-DITAS NEBLINAS*//




PARAÍSOS INTERDITOS CERRAÇÕES
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Em Óticas de incontáveis consolos,
Despovoando de arrefecidos a alvorada,
Abóbada celeste enérgica, incomensurável de cintilas e lua,
Às periferias do espantoso infindo de mundos
Ressonâncias de "nós" ciciando no sossego da alma
Pazes vagueando na distante cerração,
Origens - Graças à existência - cadenciando de vocábulos
Baladas em palavras, olimpo inibido de sentidas gerações
Dantes, sensibilidades trespassando o tempo,
Agitações conspirando apiedados de melancolias
Em expectativas de nostalgias o não-inda-vivido,
Gotas de pluviosidade ensopando a fisionomia do futuro
Longínquo, não menos longínquo dos balizados contérminos,
Espíritos superiores adejam por cima da colina dos divertimentos preâmbulos,
À graça de melodiosos hinos em sinuosidades
Suprimindo as inibidas cerrações do paraíso,
Adejavam acima da fonte de lágrimas sequiosas de trajetórias,
Roteiros, à luminosidade de ventosidades de nascente,
Disseminando gotas por todos os locais da extensão celeste,
Salpicando as folhas das matas de maviosas blandícias
Das perpetuidades e tranquilidades emprenhadas de inerências
Sobrenaturais logros emaranhados à exatidão
Que é perpetuamente uma pesquisa ao extenso de todas as épocas
Até a conclusão de poemas e estâncias váticas,
Até a fugacidade de vividos e representações da harmoniosa
Do coração em irrepreensível euritmia, simultaneidade, afinidade
Com a sensibilidade de elocução absoluta,
Forças sobrenaturais de faíscas o devaneio do bem-querer à luminosidade
Do resplendor que cintila no dilúculo os locais
- todos as quimeras são autênticas e o autêntico são todos os devaneios -,
Ocultos da mata de passadas épocas da conceção,
Aclarando das pigmentações do arco-celeste as fés
Provindas distantes, "across the universe",
Violáceas, límpidas, diáfanas, vítreas
Âmagos das lágrimas cursando de sossegos
As periferias dos flúmenes da humanidade...


ANA JÚLIA MACHADO
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ÉTER DE INTER-DITAS NEBLINAS
GRAÇA FONTIS: PINTURA
Manoel Ferreira Neto: POEMA
Pers em pectivas de miríades de oásis,
De-ser-tando de frios a madrugada,
Céu intenso, imenso de estrelas e lua,
Às margens do in-audito in-finito de uni-versos
Ecos de "nós" murmurando no silêncio da alma
Silêncios deambulando na longínqua neblina,
Essências - Gracias a la vida - ritmando de palavras
Melodias em sílabas, éter inter-dito de vividas genesis
Outroras, sentimentos perpassando o tempo,
Emoções con-fabulando eidos de nostalgias
Em esperanças de saudades o não-inda-sentido,
Lágrimas de chuva molhando a face do horizonte
Distante, não menos distante dos finitos confins,
Àguias sobrevoam a serra dos lúdicos prelúdios,
À mercê de sonoros cânticos em ondas
Riscando as inter-ditas neblinas de éter,
Sobrevoam a fonte de águas sedentas de per-cursos,
Itinerários, à luz de ventos de leste,
Espalhando pingos por todos os sítios do espaço sideral,
Respigando as folhas das florestas de ternas carícias
Das etern-itudes e seren-itudes concebidas de imanências
Místicas ilusões entre-laçadas à verdade
Que é sempre uma busca ao longo de todos os tempos
Até a consumação de versos e estrofes poéticos,
Até a efemerização de sentidos e metáforas da estética
Do coração em perfeita harmonia, sin-cronia, sintonia
Com o sentimento de verbo pleno,
Numinando de raios o sonho do amor à luz
Do sol que resplandece no amanhecer os sítios
- todos os sonhos são reais e o real são todos os sonhos -,
Recônditos da floresta de idos tempos da criação,
Iluminando das cores do arco-íris as esperanças
Ad-vindas longínquas, "across the universe",
Lívidas, trans-parentes, trans-lúcidas, cristalinas
Essências das águas per-correndo de silêncios
As margens dos rios da humanidade...


#riodejaneiro, 18 de dezembro de 2019#

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