COMENTÁRIO DA ESCRITORA E POETISA ANA JÚLIA MACHADO SOBRE O TEXTO /**BEM-AVENTURADOS OS QUE AMAM!...**/ - PROJECTO #INTERCÂMBIO CULTURAL E INTELECTUAL#



BEM-AVENTURADOS OS QUE AMAM!...
Manoel Ferreira Neto.


Gloriosos os que são nus no seu rancor, porque eles serão opulentos no impero da querença.


Gloriosos os que requestam a serenidade de um real bem-querer, porque eles haverão a concórdia dos consumados.
Gloriosos os que lacrimejam por um bem-querer sumido, porque serão ressarcidos por um outro bem-querer;


Gloriosos os que possuem sofreguidão e míngua de querença porque serão recheados no seu anelo;


Gloriosos os indulgentes, que partilham o seu bem-querer sem que lhes seja rogo, porque eles possuirão querença pela vida completa


Pois em realidade verbalizo que sem querença não existe nem paraíso e nem chão; nentes, nem nenhum terçará de genuíno bago de polvilho arremessado numa extensão sem baliza e sem intuito, apenas a querença é uma finalidade em si própria, e o que ela edifica não fenece, porque reverbera na perpetuidade.
se o amor não passar o simples sensação de usufruto, e o anelo egoístico de possuir alguém para apelidar de “seu”, não ingressará no rejo dos paraísos, porque o rejo dos paraísos é o rejo do real bem-querer.


E, como verbaliza o escritor Manoel;
Gloriosos os que estimam
Glossologia da ternura e da rendição;
gloriosos os que adoram
a significativa da rendição e da eloquência;
gloriosos os que adoram
e são idóneos na capacidade de inventar ou conceber, peculiarmente de forma criativa alguma realidade inspiradora da honra e do perene.


Ana Júlia Machado


BEM-AVENTURADOS OS QUE AMAM!...


Bem-aventurados os que amam, pois que a verdade do verbo de ser se lhes re-velará o espírito in-fin-itivo do eterno e do além, a alma uni-versal da compl-etude do sublime;


Bem-aventurados os que amam, pois que a felicidade da entrega do carinho, da ternura, da afeição se lhes mostrará límpido e cristalino o vir-a-ser da plen-itude do silêncio e das vozes insustentáveis do in-finito divino que sussurram o som da verdade;


Bem-aventurados os que amam, pois que a doação sensível dos desejos e vontades da conquista e realização do outro anunciar-lhes-ão a luz do ser que numina as esperanças da beleza do belo;


Bem-aventurados os que amam, pois que a sensibilidade uni-versal do absoluto enunciar-lhes-ão o in-audito dos mistérios e enigmas da con-tingência por inter-médio de místicas emoções do eterno que esplende os sonhos além da poética poesia do tempo;


Bem-aventurados os que amam, pois que a sublim-itude espiritual que exala suas iríasis futurais da fé habitará os abismos in-auditos das querências da paz, de onde fluirá livre o orvalho suave e semântico das divin-itudes do verbo e suas regências da glória eterna;


Bem-aventurados os que amam, pois que inscreverão em letras góticas na face da lua cheia o evangelho vivencial e vivenciário do bem e da verdade, e tais letras góticas velarão a solidão, eivando-a de outras dimensões do pleno e da compl-etude;


Bem-aventurados os que amam, pois que emoções e sentimentos conciliados são a pedra angular das vocações da espiritualidade que exala o ser do verbo sarapalhado de peren-itudes do além, comungando thelos e nous na eidética paráclita da fé na glória eterna e perpétua;


Berm-aventurados os que amam, pois que o amor eiva e seiva a verdade de miríades de luz, fonte luminosa do espírito que verbaliza o ser do tempo e dos ventos;


Bem-aventurados os que amam
Vernáculo da ternura e carinho;
Bem-aventurados os que amam
Linguística da afeição e da entrega;
Bem aventurados os que amam
Semântica da entrega e do verbo;
Bem-aventurados os que amam
Poiésis poética da glória e do eterno.


Manoel Ferreira Neto.
(27 de abril de 2016)


(**RIO DE JANEIRO**, 27 DE MAIO DE 2018)


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