**IRÍADAS DA PLEN-ITUDE** - Manoel Ferreira



Longínquas a-nunciações de genesis, águas límpidas da fonte virgem a jorrarem sendas e veredas a serem per-corridas de sem margens o itinerário livre do tempo à luz brilhante de horizontes, uni-versos incidindo raios nas travessias sinuosas re-vestidas de silvestres in-finitos "Olhai os lírios do campo esplendendo beleza à beira do rio sem pressa na travessia do silêncio eivado de sibilos do vento perpassando o espaço no alvorecer da natureza louvando a perfeição divina"
Iríadas da luz incididas no templo das esperanças, sonhos fosforescem de brilhos o ad-vir da redenção, ressurreição, elevando dores e sofrimentos às antípodas da etern-idade.
Iríadas da luz...
Pássaros metamorfoseiam seus trinos no alvorecer da Glória, símbolo da fé, compondo a Sinfonia da Paz, Verso-Uno do desejo e da esperança, Ópera da Felicidade, Uno-Verso da vontade da espiritualidade, verbo da peren-itude. A natureza silencia-se, as criaturas louvam o esplendor, os pássaros do céu interrompem o movimento das asas, ouvem a música, som da vida, ritmo do belo, acorde do espírito, os raios de luz esplendem por todos os uni-versos da Terra.
As águas límpidas continuam as a-nunciações de genesis de águas límpidas em in-finitos silvestre, como ondas que deslizam nas areias aquém das contingências humanas, passam nas imagens em câmera lenta a jornada eterna, deslizando caminhos, deambulando em ondas as curvas finitas, antemãos e re-vezes do mar de aléns-em-aquéns, mergulhando profundo na cintilância das estrelas, no brilho da lua a fecundarem e conceberem as estesias do amar-verbo-da-liberdade, à luz longínqua no farol do porto lusitano dos sonhos e ilusões do eterno "O resto é silêncio, silêncio dos lírios do campo banhados do orvalho da noite, húmus da sensibilidade do espírito essencial a dar a luz sublime da vida ao encontro do mar e o céu de vozes sussurrantes da plen-itude do Ser".
Iríadas do amor incididas nas plenas efígies da solidariedade, compaixão, a entrega do Ser-Verbo alumia de miríades da verdade as lusitanas dimensões das divinidades do pleno absoluto, absolut-idade plena da pureza.
Estalactites de cores do arco-íris, brilhando sob a cintilância das estrelas, brilho da lua, gotejam serenos e leves os pingos do vir-a-ser, eivando as flores silvestres, a grama dos campos, flores elíseas dos jardins, as esperanças e idílios de cada dia, e nas plantações de trigo o orvalho da noite e os pingos dágua das estalactites despetalam o alimento que sacia o desejo da carne tornar-se verbo.
As íriadas da luz, do amor, da luz não morrem, sobem aos céus sob a égide da fé, resplendem no universo as luzes do absoluto.
Iríadas da Plen-itude...



Manoel Ferreira.


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