COMENTÁRIO DA AMIGA, ESCRITORA E POETISA ANA JÚLIA MACHADO AO TEXTO /**A DIVINA COMÉDIA DO UNI-VERSAL**/


A DIVINA COMÉDIA DO UNI-VERSAL
Manoel Ferreira Neto.



Permanece nas calcetas, não alcançar-se-ia ser distinto, somente por épocas consegue permanecer no mesmo local, e mesmo assim esse espaço tem que lhe facultar o ininterruptamente desigual a cada dia. Mesmo assim, o semelhante sempre encontra-se a bater nas nossas vidas…
Para o Manoel, erudição é utensílio potente, é a luminosidade que abrilhanta seus episódios. Gostar de recordar suas vivências e isso não faz dele um ser mais pesaroso ou saudoso…a vida é feita de recordações e aprendizagens….o passado e o presente e o futuro farão a sua história para a posterioridade
Completar a erudição sensitiva ao conhecimento lógico para aniquilar o raciocínio presente, erigindo-o a um raciocínio não só da mente, mas do Ser por completo. Espertando em si as energias fecundantes da existência, as extensões dos anelos de extinguir a avidez da erudição, as tensões da realidade e da erudição penetrante e viciadas de distintos infindos a serem avassalados, efectiva a sua privada natureza, a síntese da vida.
Aparenta neste texto seguir a filosofia de Hegel…



Ana Júlia Machado.



**A DIVINA POÉTICA DO UNI-VERSAL**



Atrás, um sonho se eleva ao in-finito, coro maternal de cânticos sonoros, sinfonal eternal de canções solitárias, à frente, a utopia da poiésis do verso, cântico de crepúsculo de melodias silenciosas, música de auroras de ritmos serenos e suaves, Sater de enluaradas noites de lírica romântica, Reis de ensolarados dias de con-tingentes dores, trocas de dedos de prosa nos cantos, recantos, no meio da multidão, nas mesas das barracas na extensão das comunidades, forró de inverno de encontros familiares, entre amigos, conhecidos, visitantes, regados a churrasquinho e quentão, arroz com galinha, a pinguinha da roça, risadas, gargalhadas, folk-lores e piadas, rituais, ritos, lendas, mitos na nostalgia do passado, na melancolia do porvir, na poesia do momento, na poiésis do tempo, na imanência da alma, na trans-cendência do espírito, do divino e da divinidade do aqui e agora.
Sonhar os formatos oxigenados de sublimidade e esperança de estar a cada instante de re-flexão ou de liberdade de sentimentos e emoções, desejando a poesia-“reflexo do real, mas um reflexo revelador”, “O real poder de olhar de frente, vendo coisas que normalmente não vê” Livre pensar irrestrito, livre-arbítrio da beleza indizível num só encanto, num só panorama, num só vis-lumbre ou a-lumbre das emoções, de suas dimensões de sensibilidade e intuição, numa só con-templação dos sentimentos e sensações que abrem os solipsismos do Ser, as entregas verdadeiras do Não-ser, profundeza da vaidade insensata, abismo da empáfia inconsequente, nonsense, superficialidade do orgulho descaracterizado, vaidade de ser, de acontecer, de passar a amar no de-curso e per-curso da vida
O fulgor da virgin-idade mental, “... integrar o saber sensível ao saber racional para suprassumir a razão presente, elevando-a a uma razão não só da cabeça, mas do Ser por inteiro”. Despertando em mim as forças criadoras da vida, as dimensões dos desejos de saciar a sede de conhecimento, as vontades da verdade e da sabedoria profundas e eivadas de outros in-finitos a serem conquistados, real-izo a minha íntima essência, a essência da vida.



Manoel Ferreira Neto.
(12 de maio de 2016)


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