COMENTÁRIO DA AMIGA, ESCRITORA E POETISA ANA JÚLIA MACHADO AO POEMA /**PANORAMAS DE NEVES NO PRIMITIVO DA LUMINOSIDADE**/


**PANORAMAS DE NEVES NO PRIMITIVO DA LUMINOSIDADE**
Manoel Ferreira Neto.



Frialdades lusco-fuscos de fantasias amorosas
Onde há muito carpido na vida,
Sofrimentos que açoitam almas de rebo,
E onde a existência bolha e a seiva progride,
Vive a ferida em seu âmago.
No desvario, contudo, da exaltação incandescente
Da dita veloz e efémera
A alma rasga a aparência tormentas
Para alegrando-se latejar alegre.
Assim a multidão involuntária vai-se,
Muitos que consomem do deleite o troféu
Experimentam na alma a mágoa incerta.
E entre a contusão que disfarça perpétua restringe
A humanidade ri-se e ri-se arrebatada
No folguedo inacabável da existência.
Onde Frialdades ocasos de devaneios amorosos...
Ânsia da independência
Paisagens de frialdades no rudimentar da claridade



Ana Júlia Machado



**PANORAMAS DE NEVES NO PRIMITIVO DA LUMINOSIDADE**



Neves crepusculares de sonhos idílicos
Trans-bordando de invisíveis verbos in-auditos
Águas laminadas de voluptuosos volos voláteis
Além dos horizontes cristalizados de serenas e suaves manhãs
Manhãs oníricas res-plendendo miríades do espírito eivado
De linguísticas e semânticas do vir-a-ser luzes de silêncios
A bailarem cintilâncias celestiais nos versos-unos do tempo
Que perpetualiza a poiésis poiética do poema universal
Sonetizando a metafísica da beleza do belo simbólico
Vers-ificando a estética dos ex-tases do ser
Vers-ejando a estilística das paixões inolvidáveis da alma
Sob o calor das chamas de achas na lareira à soleira do in-finito
In-fin-itivado de gerúndios e particípios do subconsciente
Das melancolias e nostalgias cosmológicas
Das saudades das genesis universais do eterno
Sarapalhado de luzes do espírito que alumiam o espaço sob o sibilo
De ventos in-vernais espalhando gotículas de neve ao longo
Dos horizontes "fogging" nos prelúdios da luz do sol...
Neves crepusculares de sonhos idílicos...
Avidez da liberdade
Panoramas de neves no primitivo da luminosidade



Manoel Ferreira Neto.
(17 de maio de 2016)


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