#VELANDO MISTÉRIOS MÍSTICOS Manoel Ferreira Neto: DESENHO/GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: AFORISMO ***


Regando o solo das estradas de metafísicas com o ad-vir

Das melancolias, nostalgias que eivam os pretéritos futurais

Com o "blues" das quimeras noctívagas, das sorrelfas lunares...

Quem me dera poder dormir.

O que sempre quis saber é se as pessoas, e os fatos,

São verdadeiros.

Não me importa saber se as pessoas existem ou existiram

Num passado remoto.

Verifico saltitante que, apesar de aflito, nem por instante

Perco a lucidez;

A busca que efetuo é cansativa, e, talvez, inútil,

Mesmo assim,

Não me entrego ao desespero

E consigo ser até um tanto quanto faceto...

Vero de simil-itudes verbalizando o céu que verte lágrimas,

***

Molhando a grama do vale, eivando-lhe de princípios outros

De blu-éticos acordes do sublime introspectivado de éritos

Que elevam o in-fin-ito aos auspícios das iríasis intrans-itivas

Abismos, sibilos do vazio perpassando o espaço percuciente

Das abissal-itudes, abissal-idades do eterno projetado na

Imagística da paisagem que despetala solene as visões

Fosforescentes do além re-fletido atrás das constelações...

Vero de verbal-itudes musicalizando a chuva que cai na terra

Íngreme e seca

De ritmos e melodias.

***

Vero de blu-etudes, cujas líricas de saudades do porvir

Esplendem os sonhos e fantasias do perpétuo

À soleira da perfeição pretérita que ins-creve na cripta do tempo

Os mandamentos seculares e milenares das alegrias tristes...

***

Vero de er-itudes de dialéticas e contradições de silêncios blues

Que concebem, originam o instrumental do espírito solitário

Con-templando as cintilâncias das estrelas, romantizando

Os brilhos da lua velando os mistérios místicos do Ser...

***

Vero de in-fin-itudes que dedilham as notas "blues"

Na guitarra solo das nonadas e nadas, sonorizando

Os guetos das contingências com a pálida luz do entardecer

Que joga os idílios às sorrelfas das arribas ornamentadas

De cores do arco-íris que riscam a solidão dos "blues"

Sentados à mesa dos bares auscultando dos horizontes

E uni-versos a inspiração do nada e vazio

Que ante-cedem e pre-cedem o instrumental do belo

De sentir e con-templ-usicar Lucile se embelezando toda

Para a Noite de Gala repleta de sons,

Espírito do Tempo que é representado com a rouquidão das vozes

Desafinando as erudições clássicas das trans-cendências

Lucile das etern-itudes

Manolo das plen-itudes

Lucile das sublim-itudes

Manolo das eter-itudes

Lucile das son-etudes blues dos pretéritos

Manolo Jams blues in "V"...



#RIO DE JANEIRO(RJ), 04 DE SETEMBRO DE 2020, 09:02 a.m.#

 

 


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