#SABEDORIA DE LUZ DO VERBO# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: AFORISMO $$$


Dedicado à minha amada Esposa e Companheira das Artes, Graça Fontis, com amor e muito carinho.

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EPÍGRAFE:



Mergulhar profundo nas luzes do verbo é comungar-se com o espírito da sabedoria, é conciliar-se à alma do querer e desejar o saber, viver a plen-itude. (Manoel Ferreira Neto)

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O sempre acabou. O para-sempre eterizou-se.

O nunca inicializou? Eternizou?

Acabou - iniciou. Eterizou - eternizou. O ovo é o sempre da galinha, embora a sua contra-dicção. A galinha é o nunca do ovo, embora a sua contra-dicção. O que vive foragido por estar sempre adiantado demais para a sua época: o sempre ou o nunca? Nesta roda-viva, há onde se aportar? A vontade explícita no tangente a isto não é de tremelicar no chão de tanto gargalhar?

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A palavra é o útero do verbo

Conceber o sonho, a esperança, a utopia,

Gerar os frutos, conquistas, o real,

Dar a luz à vida, aos desejos, vontades da Verdade

Mister mergulhar na inconsciência

E seus inestimáveis problemas

Psíquicos, metafísicos, metalinguísticos, semânticos.

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A morte encarna a origem da vida,

A vida alimenta-se do genesis do ser.

Nada.

Nonada.

Perquirir se estou triste com a consciência disto

Quem não carrega nas costas a tristeza da morte?

Ninguém.

Resta a liberdade de fazer o que se quer,

Querer o que faz.

O que interessa se a futilidade do mundo

Criou suas leis, regras, normas contrárias?

Só os incapazes, inúteis adaptam-se a elas,

Vangloria-as.

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Às birilitas de cafuas dogmas

Que se tornam efígies de outras conquistas espirituais

De valores e virtudes novos,

Odes contrárias onde as cumbucas

São construídas por mãos que sentem

As intenções, objetivos,

Nelas outras coisas serão patenteadas

Hasteiam seus louvores sarcásticos, críticos,

Compõem líricas da liberdade, letras da consciência;

Às beriguitas de abismos preceitos

Que endossam gaias ciências, obtusas artes,

Respondem por interesses e projectos de conservação,

Sátiras contrárias de mangofas e trafulhas

Re-fazem ideais, idéias, pensamentos,

Re-verberam quimeras que preenchem vazios,

O saber delineando, artificiando os jogos da mente

Produz, compõe todos os universos de conquistas prazerosas

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Esvaece-se o vazio no vento ad-vindo do abismo, sibilando no itinerário do caminho ao espaço de constelações ritmos e melodias do cântico do que há-de ser do "ser" que sonha a esperança in-finitiva do além, além que re-presenta o tempo de querências e desejâncias do sublime sob a luz dos vernáculos dos passadiços, da ausência de caráter e personalidade à reflexão dos valores e virtudes, caminhar no vento, sentir o ar na sola dos pés, pro-jetar cafuas e ideais no espírito da esperança.

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Saber o verbo que con-templa o in-finito do tempo de ser, conjuga as etern-itudes com os subjuntivos da alma, saber o infinito que vislumbra o ser-de sonhos do verbo em direção, pro-jetado, ao divino que concebe as alamedas que hão-de per-correr a vida no trans-curso para as verdades que numinam as frinchas e frestas abertas, das venezianas semi-abertas, às virtudes e tern-idades, amor e verbo amar, encarnados de sensibilidade e espiritualidade, amanhecer, alvorecer do outro presente no outro de ser a sabedoria de luz do verbo.

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Luzes de sabedoria e vero. Deus sabe o que faz. A sabedoria do homem é sentir no mais inaudito do ser o que o VERBO deseja com a sua sabedoria. Nada mais, nada menos, e acima de todos os conhecimentos, o verbo da vida é a esperança da verdade, a verdade é o sonho de conhecer a id-"ent"-idade, sin-cronia, sin-tonia, harmonia, sensibilidade da vida, espiritualidade das contingências do não-ser nos vazios do querer e desejar, princípio do perpétuo que nada mais é que transformar a pedra no meio do caminho em pedra de toque e angular das divin-itudes.

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Quando

O verbo da vida é a esperança da verdade,

As ondas do mar simples e serenas dirigem-se à praia,

A verdade é o sonho de conhecer a sabedoria do ser.

Sabedoria adiantada para os hodiernos tempos da hipocrisia?

Saber atrasado para o instante-limite

Das certezas da glória contemporânea?

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Amor, amor,

Entrelacemos nossas mãos,

Andemos sempre juntos nas orlas marítimas do tempo

Con-templando a luz das estrelas e lua,

Fique ao meu lado,

Escrevamos e pintemos os horizontes de arco-íris.

Mesmo que o mundo traduza isto

Havermos estado em transe,

Sendo mister beliscar-lhe para acreditar

Realizamos nossos sonhos,

Compartilhamos ideais, utopias, perspectivas da imagem

A abrirem portas de acesso ao que lhe reside além.

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Na vida, no de-curso, per-curso, trans-curso, a verdade . O amor, a vida divin-izam-se Vida, o divino amor-alia-se verdade de quem vive a esperança e sonho da Vida-Ser, as contradicções esteticiza-se traços de visões e olhares ocultos, interditos nos regaços da alma.

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Saber a luz que ilumina, sentimentos, emoções, desejos, raios perpassando horizontes, cintilâncias a-nunci-ando uni-versos da alma sob a imagem cristalina do sonho de ser, harmonia, sin-tonia, sin-cronia, a verdade é saber o que a verdade a-nuncia no per-curso das perspectivas pro-jetadas das esperanças no vir-a-ser das plen-itudes de sendas e veredas que pres-ent-ificam a vida, a vida é conhecer da alma suas vontades de suprassumir a contingência do efêmero com a trans-cendência do sentir o que perpetua sublime os volos da real-ização, o ser no de-curso das experiências e vivências, travessia da solidão ao silêncio da compl-etude que se faz na continuidade de imperfeitos do tempo sob o lince da busca, verdade da querência, mergulho pleno nos interstícios dos mistérios, inauditos, desconhecido, espírito do divino que encarna a solidão do nada, trans-eleva a nonada do estar-aí, instante-limite de terrena eternidade, térrea imortalidade.



#RIO DE JANEIRO(RJ), 18 DE SETEMBRO DE 2020, 13:38 a.m.#

 

 


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