*EXISTENCIÁLIA** GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: PROSA ***

 

Uma das características sine qua non do ser humano e a pers-pectiva "futural", o que promete, o que reserva, o que anuncia, que podemos tornar compreensíveis, inteligíveis, por exemplo, através das pers-pectivas a respeito das mudanças de tempo, é a visão do saber que se artificiara nas situações quotidianas do real e das quimeras ao longo das utopias das cores puras que circundam e habitam o Ser, pintam as sendas a serem vivenciadas em passos e pensamentos, levando à jornada das tonalidades dos signos e símbolos da Memória e da Arte à Imagem do Espírito do Ser.

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O lavrador depende de previsões do tempo para plantar e fazer suas colheitas; programas de férias, de como passar os feriados, dependem do tempo que enfrentaremos - programa de índio ir passar finais de semana na praia, se a meteorologia prevê chuva; ao sairmos de casa para o trabalho, dependemos de como esperamos que o tempo se estabeleça para nos vestirmos apropriadamente e saber se levamos ou não conosco capa e guarda-chuva - sol de lascar mamona sair de capa e guarda-chuva é hilário. Na Capital Paulista e Paulistana, sair sem casaquinho, guarda chuva é "carta de imbecil", a meteorologia é despirocada, sol pela manhã, chuva à tarde, frio à noite.

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Ventania, frio, chuva, calor são fenômenos que interferem em nossos programas, no que pretendemos fazer, real-izar. Sempre tentamos prever o tempo, tê-lo nas mãos. A possibilidade de prever, em sua forma verbal, de ação, possibilita as várias maneiras de se prever "o tempo". O prever, neste exemplo, é o ontológico, aquilo que possibilita as diversas maneiras de se saber o tempo; é uma característica primordial, sine qua non do ser humano, uma EXISTENCIÁLIA entre outras, e que não se confunde com o que caresiana e positivamente compreendemos por "Causa". #RIO DE JANEIRO(RJ), 08 DE SETEMBRO DE 2020, 15:34 p.m.#