#O POEMA E A GRAÇA# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: POEMA ----


Treva tranquila

Raiz sonada no seu ser vital,

Energia, força,

Olhos que nada veem

E nada existe de metafísica, metáfora,

O abstrato inexiste,

Se poema fosse, onde o som?

Se som fosse, como inspirar as palavras?

A melodia seria o quê?

Acontecimento, o real habitando

O in-audível?

O ritmo - o que é isto?

Cordas de trevas não dizem cositas outras

Sem in-verdades, sem quimeras,

São de si, em si.

A minha música - não me é dada cantá-la,

Não há lírica, onde a sua id-ent-idade singular?

Quero a liberdade de poematizar o som,

Quero o dom de son-emar o livre-arbítrio,

Quero o talento son-eticiar o destino,

Quero a consciência son-esiar as contingências,

A liberdade de ninguém é arriscada,

Risco de diamante no nada refletido,

As faces multifaceladas, divididas

O infinito tem som de vento disperso,

Horizontes e panoramas,

Constelações e paisagens

Tem música de re-fazenda, re-nascimento.

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Engulo a canção

Que não é canção,

Onde o poema-som que

É lírica de versos e estrofes?

Que é sonor-idade de pensamentos e sentimentos

Unissonando as quimeras e utopias espirituais?

Onde o som de ditos e inter-ditos

Que é música no re-verso de minh´alma,

Avesso de minha sensibilidade

Reverso de minha razão?

Que é metafísica no di-verso de

Ideias, ideais,

Que é metáfora no ad-verso

De esperanças e pro-jectos?

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Há uma inspiração

Que só chamo de etérea,

Porque na inspiração

Sons de poema são chamas que chamejam

Ao sabor da brisa, solitários,

Poema de sons são suaves, leves

Porque na "Graça", "Fonte" da inspiração, composição,

Além da tranquilidade com que irradia,

Além da felicidade com que esplende

Além do amor com que con-templ-ora

O eco do silêncio,

Venço o medo pessoal perante os desafios quotidianos,

Adiro aos acontecimentos como experiências inigualáveis

A tessitura mesma da EXISTÊNCIA:

Criatividade pessoal e fortalecimento....



#RIO DE JANEIRO(RJ), 19 DE SETEMBRO DE 2020, 13:34 p.m.#

 

 


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