CARDÁPIO DE DIALÉCTICAS, CONTRADIÇÕES DA CONSCIÊNCIA-ESTÉTICA-ÉTICA# - GRAÇA FONTIS: PINTURA/Manoel Ferreira Neto: FILOSOFIA



Ao amor de minha ec-sistência, Graça Fontis, nesta caminhada de "Se o Tempo-{e-o-Ser} se fazem continuamente, a continuidade é também o {Tempo-{e-o-Ser}", nossas almas que sonham a vida no quotidiano das circunstâncias e situações da vida real.

Nada
Proscrito à certeza de nonsenses
Que trans-crevem retrógradas ideologias nos
Pergaminhos dogmáticos,
Convite suntuoso aos prazeres vazios.

Nonsenses
Performados às solércias da inteligência
Que alumbram as contingências da alegria efêmera,
Figurando-a no instante-limite do pretérito recente,
Para afagá-la na madrugada de insônia,
Que elenca as ipseidades da ausência do "eu",
Emoldurando-a de fantasias do amor que tudo salva,
Amor omni-presente,
Amor omni-sciente,
Amor absoluto, de dúvidas e verdades
E o coração se exila no mais recôndito do deserto,
Se isola no mais profundo da caverna,
O de que necessita mesmo é a consciência
Da sensibilidade que intui, percebe o Ser.

Vazios
Des-construídos da evidência da subjetividade,
O que implica outra voz
Que não a monocórdia da ciência,
Pluralidade de vozes que se perdem no tempo,
Como a "vida dos homens infames"
No sentido não de execráveis, mas de sem fama,
Momento exultante do intelecto:
Encontra segredos da vida íntima
Que floram na floração do afago às dimensões
Intuitivas, perceptivas, inspirativas,
Isto antecipa o estado d´alma,
Andar pelo mundo,
O mar-tempo é con-templado à distância,
Ao outro lado das esperanças e utopias,
E o mundo é sólido, concreto, massificado,
A terra, promessa, dádiva do imaginário,
As águas dos rios, corrégos, lagoas, mar, oceano
A-nunciam-se, a-presentam-se, pres-ent-ificam-se
Dádivas,
Pode-se con-templar o espectáculo de janela
Aberta à natureza, pretéritas lembranças do quintal
Existencial de busca e querenças...
Recordações primevas do crepúsculo de fazenda,
Gado pastando no alvorecer, guardiães da noite
Em direção a outros horizontes de sussurros, ruminâncias...

Náuseas
Des-embrulhado o estomâgo da alimentaçao,
Hipocrisias à moda de taça de vinho,
Gole por gole lentamente,
Sentindo-lhe o gosto, a sua delícia,
Porção de falsidade, farsa, mentira, simulação,
Sendo a malagueta a aparência,
Convite ao câncer corrosivo,
Aquele: logo é descoberto pelos médicos, o des-enlace
Mefistófeles chama aos seus braços acolhedores,
Pres-ent-ificadas as dimensões racionais, intelectuais,
Emocionais são um convite a salmão com whisky Ballantine´s,
São ácidos críticos, mofas, mangofas, escárnios,
"Segura peão...", proferem com intenção injuriosa.

Particularidades
Sujeito, desejo, vontade, vida
Mas diferindo de sua apreensão total,
Apresentá-la no discurso referencial que intenta
Narrar a vida,
O melhor seria narrar, des-crever, manu-screver
Os sentimentos, emoções, desejos, esperanças, utopias
Em sintonia com as sorrelfas, fantasias, imaginações,
Habitando o Verbo do Verso de Existir as contradições,
Dialécticas.
Com que bebida, que prato especial
Para comemorar estas particularidades
Sugestão:
Um churrasco de picanha,
Um Seager´s original,
Rodela de limão e gelo,
Salivo de prazer,
À beira-mar...

A artífice-plástica da Sensibilidade da Esperança e Sonho da Alma do Espírito do Verso-Uno cuidará de dar vida com as cores, luzes e contra-luzes aos versos e sensibilidade, cuidará de re-velar a origem da anima e animus, o que a almas uníssonas, em uníssono e harmonia sonham do verbo, do som, da imagem, das perspectivas, o Bosque do Verso-Uno, viajar a poesia do encontro de almas, as artes-[pintura-palavras-poesia] em síntese na rua-mundo, nas trilhas da rua-terra onde habitam, no mar-sonho-utopias do eterno, "navio-canto-imagem-palavra-sons" onde espairecerem os olhares à busca de outros horizontes e universos.

Verso-Uno no tempo!...

#RIODEJANEIRO#, 24 DE OUTUBRO DE 2018)

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