#TUDO EM VOCÊ... ATRAI-ME# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: POEMA



TUDO EM VOCÊ
ATRAÍ-ME:
quem contempla este amor,
quer sentir-lhe inda mais,
quem vislumbra esta entrega,
inspira nos desejos as vontades
da contingência de baldias terras,
Abrindo de confins as bordas de arribas,
O astro-sol cochila brilhos incandescentes,
Vaga-lume, lume, lume, incidindo nas sombras
Pingos límpidos transparentes.


Iis pingados, sombras artísticas, desenhos estéticos,
Re-velando interstícios de nonadas
Fantasias do espírito desejando o ser-gozo matizando
Clarividências, evidências res de pectivas,


o sentir-se alguém, não verbaliza, não torna palavras sentimentos, um homem forte, cônscio, digere o almoço, peixe à moda do Quiosqui da Any, bebericado de uma deliciosa caipirinha, uma palavra cheia, se alguma coisa é indigesta, é uma indigestão fisiológica de todo o concepcionismo, accepcionismo, definição do bem, do mal, do existir e viver, mas omitem e envelam o sentimento presente neste olhar as coisas do mundo, o que com elas sonhamos outros panoramas e paisagens.


Sinto-a agora,
Conhecendo-a neste momento,
Sentia-a antes,
Conhecia-a antes,
Sentia-a a todos átimos de instantes,
Música que dançamos,
você, deitada no meu ombro,
no meu peito,
as suas fantasias,
por momentos,
- WOMAN, JOHN LENNON
o mar aberto para ser con-templado
será eterna,
pássaro rebelde,
será a luz do eterno e do mar...
A lenha queima na lareira dos sentidos,
As chamas de velas no cantinho fora da janela,
Re-flexando as estrelas na imagem éterea-eterna
De algures e alhures cintilâncias, long-itudes carnais,
Fruto permissivo, desde o genesis de origens abismáticas
Às travessias abissais do eterno-etéreo dos conúbios,
Desde os cânticos divinais da serpente inspirada
Na linguística do não-ser à mercê do ser-não
Alvorecer polar de cadentes astros a compor estrofes,
Tematizando, e élan de liberdade quae sera eternitis
Lácias declinações, recitando deuterônimos
Perpétuos de nada...
Se a mim fosse dada a engenhosidade,
Escolher livremente, amaria escolher lugarzito
Bem no meio do baldio no terreno,
Melhor ainda,
Junto à sua porta!


A mão treme, sente-se pingando de letras e sentidos
O ser-de-mim amando à distância a outra esperança, sonho
Da sílaba que dividida por hífen é ser que se faz continuamente
E a continuidade é ponte trans-cendente para a etern-itude-etérea,
é música que PINTOU O QUADRO
com o pincel da ilusão,
com o som do eterno,
Para a etern-idade-efêmera da vida-morte,
Trans-estrelada de melancolias, nostalgias, saudades
Do além-verbo-de-ser da con-tingência do aqui-e-agora...
A pena risca,
Falta clareza à letra,
Estarei condenado a riscar sempre?
Imagem...
Paisagem...
Paragem...
Pintura...


#RIODEJANEIRO#, 27 DE NOVEMBRO DE 2018)

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