#IMAGEM E MOLDURA NO ESPELHO DO TEMPO# GRAÇA FONTIS: PINTURA M,anoel Ferreira Neto: PROSA EPISTEMOLÓGICA POÉTICA DA LINGUAGEM E ESTILO



PRINCÍPIO DOS RE-FINADOS!...
ORIGEM DA ILUMINAÇÃO!...
CASA-DO-SER!...


Paixão pura, compaixão é pecado, solidariedade é perjúrio, só um mandamento deve seguir: o sublime constante, coisa similar e verdadeira, música cor-ajosa e con-soladora, pintura pertinaz e solerte, e bálsamo, calmante das palavras. Torno-me demasiadamente etéreo para este tempo outro, re-nasço-me éter para instantes-limites ad-versos e in-congruentes.


Tomo tudo isso sobre a minha alma, o passado mais antigo, o presente mais recente, as perdas, as esperanças reunir, alfim tudo isso em "n´únic - alma", em "n´únic-amor", eis o que deveriam produzir uma felicidade tal como o homem nunca conheceu, a felicidade de um deus cheio de forças e de instintos, cheio de lágrimas e cheio de risos, entupigaitados de maledicências e incoerências, uma felicidade que, similar ao sol no sinal da tarde, toma, sem cessar, esse sentimento


Herdeiro da nobreza
Nobreza da totalidade de espírito passado,
Perco o remo de outro
Conheço o sentimento inesgotável do Verbo de Ser,
Ser da Alma - Perspectivas, Imagens
Sou Verbo de Mim,
Sou Gratidão de Outro,
Sou murmúrio, clamores do dia.
Sou cochilos, à espera do canto da coruja,
Sou cochichos dos sons das asas da águia,
Atravessando bosques, florestas,
ABISMOS,
Saber o que sinto!
Saber quem sou!...
Primum scribere,
Deinde philosophari...
Explico-me, portanto engano-me,
Me não é dado ser intérprete de mim,
Quem sobe pelo próprio caminho,
Não consegue descer também por ele,
Não conhece os mistérios do espírito do subterrâneo.
Quem bebe de cálices de gim muito cheios
Deixa algumas gotas caírem e rolarem.


Posso acrescentar que a língua não é a única de servir de nonada para o "sim" da vida, existem o toque, o gesto.


O que torno ilusão,
dos sábios poetas, dos poetas sábios,
dentro de um o outro,
vis-à-vis,
vice-versa,
Estando junto, sentindo solidão,
solidão da eternidade
solidão do inesquecível,
solidão da imortalidade,
solidão da sin-thesis
do Verso&Verbo
do Uno...


A vaga se aproxima - aproxima-se lenta, sorrateira, aos compactos de sorrelfas e idílios, aproxima-se com avidez, como se quisesse encontrar alguma coisa, lâminas de devaneios sublimes e puros, encarna-se no desejo de outras entrâncias do inaudito, como se a ec-sistência houvesse sido sentida com a verdade do tempo, haja de ser sarapalha à luz das regências e das estéticas das lembranças, ser em fenos das gerências do despautério e verborreias das náuseas verbais do eterno, memórias de átimos de segundos plenos de felicidade. Quê terrível pressa faz com que me rasteje até o fundo, vislumbrar de perto o que é isto de "irradiar-se a quimera", o inominável das profundidades de minh´alma, quebro a falta de razão que me habita, sou-lhe peregrino à busca de velar coisas que me encobrem, o verbo antecede, pré-cede a alma, cria o ipsis versus para nele se ins-pirar, re-colher e a-colher as pers da pectiva do encontro com as verdades que alimentam os sonhos?, re-inventa as regências em nome das atitudes e gestos para se mostrarem no instante da pronúncia deles, aquela pose de trés-loucado, "trésor lacôme" de querenças de sabedoria e conhecimento - não é o perfume do conhecer que alicia e seduz homens à procura da sabedoria?


Eterna irrealidade da existência íntima,
E se então trata ao mundo que é proibido,
ao mundo real,
facilmente se lhe intui, percebe
o inolvidável fracasso,
frustração,
Des-velo-me
Des-novelo-me
- O sol deita-se,
o resto fica na sombra,
sob o ouro da tiara deslumbrante,
sob o riso do feltro do chapéu
sem quaisquer objetos
de resplendor, lay-out,
e as nuvens escuras, azuis, brancas
colorem o instante do sol se recolhendo
aos poucochitos na paisagem
do mar aberto ao infinito...


Versos, estrofes, prosa
Vida extremamente solitária,
Tornam-se-me estilos entre sentimentos
e vazios,
em que se pode olhar de esguelha,
sorrir de angústias e náuseas,
veem-se em mim
voluptuosas e compulsivas,
lúdicas e transparentes,
Buscas, que o inaudito de mim
Res-plende, esplende a todos os uni-versos...
Aquando,
sob a influência de nuvem que se aproxima,
Está-se longe de ver
Hei-de agachar-me
Esconder-me
Entre as rochas e mangues,
Lamber
O indicador e o mindinho,
Incontáveis vezes,
Uma forte carga de esperança e amor,
Torna-se, subitante e subitamente,
Dimensão do espírito,
dimensão da essência,
Prepara-se para a mudança
de versos do Uno,
Uno dos Versos


A-nunciam-me outras vagas - sou alma de sentimentos, esperanças, sou alma de volúpias e êxtases inda mais preciosos, in-fin-itamente preciosos, ávida, selvagem, cheia de mistérios, da cobiça dos peregrinos de tesouros, lanço ao alto o quanto posso os perigosos arrebiques verdes, à minha volta pedaços do demônio, piadas demoníacas, tragédias demoníacas, sátiras e sarcasmos "capetais", alfim é me não esquecerem as meiguices insolentes do inferno, não me sejam esquecidas as meiguices do inferno insolente, mas em vão, o que sinto é irradiar-se a santidade, lanço uma parede entre mim e o sol,
entorno esmeraldas no abismo,
extorno cristais nas grutas,
desfazendo-me de minhas alvas
sendas e rajadas de espuma.


"Bramo de prazer e de desejos!" Que importa se o verbo "Bramir" seja defectivo, no presente, porque nos pretéritos conjunga-se-lhe em todas as pessoas, é na boêmia da noite, horas de solidão e silêncio, na lua de bohêmias do inolvidável, cheia de idílios e devassas vertigens, perscrutando a cintilância de estrelas, brilho da lua, nos vestígios de carência de amor desmedido que re-faço caminhos, sendas e veredas, porque há em mim um impulso de forças vivas em vai-e-vens de se libertar da casca, muito da vida já se fora, por mais se prolongue inda é pouco para delinear as nonadas verbais do tempo, dor e engano de uma hora a outra, o que inda querer, buscar, desejar... buscar um motivo e outro para a vida, eis a questão. Esta necessidade e pendor para o verdadeiro, esta sede do real, do certo...


O poeta adormeceu,
não há poesia, não há mais inspirações,
re-nascerá no amanhecer,
no alvorecer, semente e
humús,
des-pertará no amanhar de outra aurora
eidos & seiva
núcleos & casa-do-ser...
levantará a cabeça do travesseiro,
o corpo da cama,
eidos da id-entidade,
"Mora em sua própria casa",
por vezes se inspirando em cena onírica,
por cenas re-criando imagens
de memórias,
por vezes inventando luzes
cores astrais, cores con-tingentes.
Amanhã serei cinzas,
nada restará de mim
senão algumas letras,
letrinhas muito mal garatujadas
de todas as pers da pectiva do verbo
de mim,
como poderei habitar o íntimo
dos homens,
como me seria artificiar os re-cônditos
das levianias dos princípios,
a-nunciando-lhes a alma
senão nos relâmpagos glaucos,
partilhando o meu segredo?...
O in-finito é a menor côdea do mundo...
O pintor pinta o que lhe agrada,
alegra-o
E o que me agrada, diverte?
O que me obriga a querer
agradar-me mais...


Não haver ou restar dúvida de que os poetas desde a eternidade sempre foram camareiros de alguma moral, o impulso da preservação da espécie surge, aparece de tempos em tempos como razão e paixão do espírito, há outras coisas na vida, no limiar e soleira de si, a vida tem sempre algo de por trás de si, abaixo de si, este impulso de uma moral, de uma ética, consciência-estética-ética, o habitat da cobra é a sombra, mas quem vai ler as garatujas do poeta?, não há espécie, não há somas, não há zeros à esquerda, à direita, obtusos, lascivos, não apenas a risada, não apenas a gargalhada a todos os ventos e beças, e de tempos em tempos devem satisfazer uma condição, postura, conduta para suas existências, precisam acreditar que sabem e conhecem porque existem...


Estar no meio, andar no meio dos homens, mas perambular e devanear no meio da rerum concordia discors e toda a esplendorosa e mágica incerteza e toda a ambiguidade da existência e não perguntar, nem mesmo sentir ojeriza e sarna, urticária, por quem pergunta, quiçá até deleitar com ele até exaurir-se de cansaço... uma loucura, insanidade qualquer, doidice de espécie, varrice de laia tentam convencer-me, persuadir-me de que todos os seres humanos, homens e esboços de homens tem essa percepção... para as naturezas dúbías e obtusas, vulgares, intelectualóides de plantão, os sentimentos nobres e generosos parecem contra-producentes, e por isto/isso, em primeva instância, inacreditáveis: as naturezas vulgares piscam com os olhos, quando ouvem falar deles, e parecem pronunciar as palavras de seus manuscritos diários, e parecem querer a-nunciar - antes, porém, confessarem seus pecados, sobretudo a compaixão - dever haverem boas vantagens neles, não se pode ver além de todas as paredes, de todos os véus e sudários... não tremer frente a frente ao desejo e prazer de pers-crutar o mundo e a terra...


O sentimento de solidão e silêncio trarei sempre em mim consciente de que devo lhes con-templar, desejar outras consumações no crepúsculo de todos os tempos,


Todos os sentimentos anunciando-se,
pres-ent-ificados,
sentidos, verbalizados, sonorizados,
cada uma de minhas ideias
de meus ideais,
vontades,
verbos
são um fervor,
de desvarios e devaneios,
de segredos e mistérios,
o A e o O de meus conhecimentos,
primeiro as vogais,
após, as con-soantes,
o B e o Z de minhas perquirições
no tangente ao estar-no-mundo,
saberes, sabedoria,
Soavam-me ali
- ora no baldio do terreno,
ora no baldio do centro
do terreno -,
Badalavam-me acolá
- ora à sombra da castanheira,
idéias e pensamentos,
idílios de ternuras e entregas,
devaneios de toques e gestos
da liberdade e do amor,
encontro da luz e de
outras caminhadas,
e nesse tempo de síntese,
pés e mãos entrelaçados,
Inter-ligados,
Espírito e alma conciliados,
Verso-semântico
de sonhos alimentados nos
instantes de luzes
e vozes,
Estrofes-linguísticas
de quimeras e fantasias,
Nós, Eu e Você,
#IMAGEM E MOLDURA
NO ESPELHO DO TEMPO#,


o que ouço agora:
o eterno Ah e Oh
do que há-de vir,
há-de ser...
#RIODEJANEIRO#, 29 DE NOVEMBRO DE 2018#



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