TROCADOS NA ELEVAÇÃO DAS MALEDICÊNCIAS# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: PROSA FENOMENOLÓGICA DO VERBO "COMEÇAR DE"




Começar de... onde as folhas caem: sentir-lhes nos interstícios da memória, de que foram tantos os instantes de fantasias, alegrias foram vividas e experimentadas, a sensibilidade apresentou-se nalguns momentos, deixando suas marcas e traços, tornar-lhes seiva de outras jornadas, de outras cavalgadas alucinantes, outras puxadas de rédeas, freios que tiram a paz, nas trilhas de outras querências, recitar-lhes os versos da aurora, em toda a musicalidade, ritmo, acordes, alimentados e regados de ternuras e esperanças di-versas, o corpo sentindo as novas sensações de magia e mistério, sede de sabedoria, fome de verdades que preencham os espaços vazios das dúvidas e inseguranças.


Negar a realidade do eu,
que triunfo!
Não já um triunfo sobre os sentidos,
Não já uma vitória sobre os sonhos,
Não já uma conquista sobre as quimeras,
As esperanças só abraçam
e afagam tão intimamente
no peito
os sonhos,
estando o eu criando, inventando
as luzes que lumiarão
os desertos para os vales, para o mar,
só não volta atrás, só não volta atrás,
do que já não dá;
mas muito mais elevado:
o triunfo violento e cruel
contra a razão,
contra o conhecimento,
contra o saber das dialéticas
da vida e morte,
A vida luta contra a morte e a morte luta
contra as efígies do poder,
contra os mitos da liberdade,
contra as expurgações da lei,
contra os ritos e rituais de beijos
trocados na elevação das maledicências.


Começar de... onde as folhas caem, quando os olhos se extasiam, projetam-se alhures, por outras finitudes do verbo “SER”, por outras in-finitudes das conjugações do AMAR, por entendimento do genitivo das atitudes e ações, verbo de infinitas realizações, temas de esperanças e fé nas promessas do Paraíso Celestial, temáticas de força e perseverança no conhecimento que liberta e eleva o espírito aos auspícios de montanhas distantes e longínquas, colinas de ventos suaves e serenos, quando nas profundezas da alma o sentimento são louvor e glória aos silvestres campos do eterno, os sentimentos outros de êxtases e reflexões, quando nosso intelecto, razão, senso concorda com os olhos que veem as pessoas boas de todas as eras e épocas, de todos os tempos, são as que enterram os velhos pensamentos numa cova, onde frutificam, são os agricultores do espírito.


E da eternidade dos amores e paixões pelas raízes verbais do absoluto-pleno-[de]-sublimes verdades, que se re-faz nas asas dos tempos, no vôo profundo e rasante das nuanças das realidades e ideologias, do real e das utopias, na viagem mágica nas ondas das notas de música interior, espiritual, do eu superior que alenta as dimensões almáticas nos seus instantes de náusea, começa a silvestr-idade das flores primaveris e dos odores mágicos que se apresentam na plen-itude das sorrelfas do AMOR, das ilusões e fantasias da PAZ, na un-iversal-idade de todas as esperanças. no Cosmos de sonhos da humanidade, projetam-se no espelho de superfície lisa, a resolução da imagem perfeita, MÁGICA, a face real e verdadeira dos sentimentos, desejos, vontades, Razões... A vida!


O esquecimento
Não traz em si apenas um
"vis inertiae",
Como creem os superficiais,
banais e banalizados,
atoleimados, escalafobéticos,
Antes é um poder ativo, uma faculdade
moderadora,
Atribuímos-lhe tudo quanto nos acontece
na vida,
na estrada "marvada",
no velho mundo sem "porteira",
na velha cidade de Braga, mata-burros
pontes partidas, pontes movéis,
atravessando abismos e vazios,
a majestade Sabiá cantando,
Tudo quanto absorvermos,
se apresenta
à consciência,
durante o estado de digestão...
Lembraram-me esta situação e circunstância um músico
sertanejo de raiz,
Num verso da lírica,
Haver cantado isto: "bucho e digestão",
E lá mergulhei profundo
para intuir
o que é isto, desvendar o meu segredo,
este segredo que deseja comemorar
a felicidade,


nesta


continuidade da felicidade e alegria, conquista e real-ização, buscas e desejos do outro do “eu”, na roda-viva contínua das paixões e amores pela VIDA, verbo artífice dos cataventos do tempo, de leste a oeste, os ventos das esperanças re-nascidos do mergulho profundo nas dimensões de onde nascem a inspiração, percepção, intuição dos desejos, vontades, razões do belo, da beleza, da Estesia do verso de Amor, Paz, de solidão que não se mostra, começar de, gerenciar, id-ent-ifica senão à luz do encontrar a CRUZ, dimensão que liberta o coração... à sombra das re-flexões do tempo e das lembranças, recordações, dos ventos e dos pensamentos, idéias, do ser e dos ideais, utopias do Verbo transliteralizado Espírito da Vida.


Reunião, entrelaçamento das mãos, começando-me de... onde os "camareiros da moral" cometeram o pecado da compaixão, em que versos esconderam a chave de seus pensamentos, em que estrofes colocaram o tesouro de suas críticas aos roedores de valores, virtudes, das culpas e remorsos das falácias e verborréias, começar de onde... os "camareiros da moral", mantenedores da espécie e indispensáveis quanto os bons: - a função é que diferente, ad-versa: o que é bom mantém a espécie, o que é chamado de mau é nocivo à espécie.


#RIODEJANEIRO#, 30 DE NOVEMBRO DE 2018)

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