AUTOBIOGRÁFICO À GUISA DA ARTE DE CRIAR# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: ACRÓSTICO



N-uanças de espectros, ver-templando o ser lúdico,
E-splendendo luzes coloridas, incididas no tempo,
T-ematizando o amor de sensíveis miríades do espírito,
O-rnamentam de esperanças a lua solitária brilhando no espaço.

M-agias resplandecem de inauditos sons eternos.
A-quém dos mitos e ritos do sublime sentimento
N-ascem, re-nascem pura a intimidade do sonho
O-utrora imperfeito, efêmero idílio compacto
E-ntre as glórias do absoluto e a contingência da decepção.
L-umina o presente a estética luz da plen-itude.

F-értil o horizonte que seduz de uni-versos
E-téreos a ribalta do tempo suspenso na linha
R-e-versa, in-versa de po-entes cristalinos,
R-espondendo com versos de ternas metafísicas
E estrofes abstratas do absoluto à ilusão
I-dílica do não-ser verbalizando a metáfora do eidos-ser
R-e-vestido, trans-vestido das plen-itudes do vazio
A-lém dos confins e arribas do po-ema po-ente.

S-ilvestres sendas perfazendo de trilhas
I-rradiantes a estesia de verbos imperativos
L-uminando a neblina do inverno de desejos,
V-ontades de plen-ificar de sonhos o intransitivo verbo
A-mar, amando o amor, verbalizando o amado.

P-oesia poi-ética, po-ema de estesias
O-lhar o verso à luz da arte de criar,
E-nvaidecer os raios numinosos da inspiração
T-ranselevando o amar às antípodas de apoteoses
A-lém espírito da alma - simples crepúsculo da vida.

D-as vaidades a íntima consciência-estética
O-stentando-se inscrita e escrita nas estrelas.

S-ereno con-templar, ver-templar
E-ntre a sublimidade do divino e a suavidade do efêmero
R-eveste-se o amar das plen-idades o verbo-ser.

#RIODEJANEIRO#, 05 DE NOVEMBRO DE 2018#

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