RE-EDIFICANDO APOSIOPESES# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: Prosa-Poética da Liberdade de Sentir e Pensar.




Opostos envoltórios mostram meditações
A re-lembrarem factos trans-corridos,
Ar-{revès}-am sorvedouros re-fulgindo-se,
Mov-ediças areias passando na ampulheta,
Re-artificiando os olhares às coisas fundamentais
Da Consciência e da Estética
Das situações e circunstâncias vivenciadas,
Tornando a des-vendar, re-estabelecendo igualar,
Re-organizando,
Re-edificando Aposiopeses...


Re-começando logros-liames, em outros tempos, em outras eras das ilusões e medos, em outras épocas de fanfarras, armadilhas-melancolias, cerce-misantrópicas, ligações re-criadas - cor-ruptelas, re-inícios re-fazem, dificultam, tornam a orientar, re-consideram re-começos, cor-rigem "res", com-ungam experiências e visões-de-mundo, re-artificiam os linces dos desejos mais íntimos e almáticos, tornam a re-fletir fulgores...


Cruzadas sobrepujadas... Transnadem, enaltecem trajetos, além-rugas mal dormidas, varam diafan-idade, metamorfoseiam dia-gonais, empestam tenebrosidades colaterais, tres-dobrando corriqueiros estremecimentos, tris-sulcando treitas, tetras e "eitas", extravasando troféus. Amansarias, mansardas, botequins obtusos nas estradas sem direções, qualquer, é já de bom tamanho. Aposiopeses.


Exsudam trasladações, mal dormidos tropicalismos
Paulicéias,
Carioquéias,
Mineir-aléias...
Sentidos, metáforas, metafísicas ad-versas,
Emudecimento,
A soma de sentidos,
Simultaneidade, abreviados zunidos...
A multiplicação do logus, pensamentos sussurrados,
Razões, inda que não inversas, reversas, adversas,
Sem princípios, sem solos,
Tecendo intelectos viáveis, plaus-[íveis, mov-[imentos]
No espaço de querença, volúpia dos sentimentos
De compreensão, entendimento do vazio e nada],
Por que o nada precede o vazio?
Por que os movimentos lançados
Foram ameaçando o Rei até o cheque-mate?
Múltiplas luzes brilhando desde as do proscênio
Ao fundo do palco, a entrada para os camarins,
Camarim do nada-vazio,
Leito de sonhos da náusea sublime da liberdade,
Do sorriso, riso, algazarra dos sentimentos, emoções,
Ironias, sarcasmos, sátiras,
Espelho deixado nas trevas, iluminadas
Pela lua e estrelas,
Mostrando a imagem de intros-pecção,
Re-flexão dos bosques a serem per-corridos,
O corpo, a alma adormecidos,
Outros, nunca igualmente idênticos nas
Contra-dicções, {dial}-écticas,
Diferenças...


Re-versos re-vestimentos re-velam re-fazendas re-trospectivas, re-versam re-demoinhos res-plandecendo-se, re-descobrindo, re-id-entificando, re-estruturando, re-construindo re-ticências...


Lembram-me,
Naqueles momentos de as idéias se multiplicarem
Tanto, mister levantar da cama,
O intelecto carecer de utopias e sonhos do verbo,
No espaço de entre as cortinas, alguém olhando
A luz acesa
" - Esta luz está acesa sempre.
Insônia ou medo das trevas?"
Outras ilusões, inda que solitárias e quiçá frutos da imaginação fértil. Os tempos mudaram, tenho todo o tempo do mundo para artificiar inda mais aqueles núncios da conciliação do vazio e do nada, con-sentindo a ipseidade de destinos a serem construídos e estabelecidos de desejanças e entrega, Amor.


Re-iniciando redes-laços, re-outroras, redes-nostalgias, res-melancolias, re-lações re-inventadas - re-demoinhos, re-começos re-criam, re-versam, re-encaminham, re-cursam re-inícios, re-formam "res", re-cogitam res-plandecências...


Travessias trans-cendidas, trans-elevam trân-sitos, trans-nonadam tres-noitadas de pena e re-flexões, Vivaldi, Chopin, Beethoven, copo de bebida sobre a mesa, cinzeiro e bitucas de cigarro, os entes íntimos dormindo, dormitando, sonando outro alvorecer, tres-passam trans-parências, trans-formam trans-versos, tres-andam trevas trans-versais, tri-plicando triviais tre-mores, tri-partindo trilhas, trans-bordando taças. Trans-piram trans-ferências, tres-noitadas tropicálias..., madrugadas de estéticas e sensíveis buscas de sentir inda mais presente no corpo as maresias do mar, no coração e no espírito aquela sensação deliciosa de dormir agarradinho ao ser amado, querido, ventos, chuvas, garoas, tempo nublado, aguçando, eivando a alma de quimeras e filosofias, alfim são elas a luz do Espírito do Subterrâneo aos fulgores da Alma de Estesias e Considerações In-tempestivas...


Sil-êncio, sin-estesia, sin-cronia,
Sin-téticos sibilos...


#RIODEJANEIRO#, 12 DE NOVEMBRO DE 2018)

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