SONIA GONÇALVES ESCRITORA POETISA E CRÍTICA LITERÁRIA COMENTA O POEMA #MARIA FUMAÇA RUMO AO ALÉM DAS EVIDÊNCIAS#




Boa tarde, Manoel Ferreira Neto, três ano já?😲😲😲Ki demais, meu querido! Parabéns pelo blog e pelo lindo texto, café com pão manteiga é bom =D meu pai cantava assim... Muito lindo tudo, Manu, meus sinceros parabéns e desejo de muito sucesso sempre, aliás sucesso surpreendente, né? Sempre arrasando! No alto da colina muitos ventos, orvalhos e tempestades, expectativas de dias melhores que virão certamente! Parabéns, meu querido. Obra maravilhosa, parabéns para a Graça também...


Sonia Gonçalves


#MARIA FUMAÇA RUMO AO ALÉM DAS EVIDÊNCIAS#
GRAÇA FONTIS: PINTURA
Manoel Ferreira Neto: POEMA


Post-Scriptum:


As minhas sinceras gratidões à inestimável amiga Sonia Gonçalves pelo presente BLOG "BO-TEKO DE POESIAS" - 24 DE NOVEMBRO DE 2015/24 DE NOVEMBRO DE 2018


Abaixo as Tessituras de Linho
Alinhando o in-finito perdido nas teias
No tempo que não temporaliza a liberdade
Da Maria-Fumaça que segue os trilhos,
Rumo ao além das evidências,
De lado e outro, abismos,
Que se contorce e pende nas curvas.
Abaixo as Tessituras de Linho
Que contextualizam os vazios do Ser,
Do Não-ser, da Náusea,
Trazendo de longe a morte do sonho,
As cinzas do eterno, do imortal, do perene


B elle Époque...
O-rnamentos de outros estilos, linguagens,
- sentimentos de uni-versos que esplendem luzes
T-empo de sensibilizar as dimensões do espírito de sonhar
E-lementares visões do eterno e divino
K-atharsis, Koinonias
O-nde no espaço da liberdade criar, re-criar quimeras


D-onde lembranças de pretéritos longínquos, quase olvidados,
E-lencar as tecituras de globais trans-formações.


P-oesia na meiguice elástica dos s-ons, o-rações lancinantes,
O-lhos faiscantes para que as visões n-ão nos deixem sozinhos,
E-scutando apelos, í-ntimas suspiros à espera da inspiração,
S-ilêncios rigorosos noturnos através de outras palavras,
I-nner, e as abelhas esvairão o mel,
A-lguma coisa de extraordinário se a-nunciando
S-olidões do verbo e do ser.


G-osto de compor minhas medidas,
O-u gosto de criar minhas trilhas a serem palmilhadas
N-as sensações do pleno, do divino, do nada, vazio,
Ç-á-qui ressoando para re-flexão das verdades existenciais
A-cima das ilusões, fantasias, férteis imaginações
L-avrando os diamantes e cristais dos tempos e do ser,
V-ertentes de Maria Fumaça rumo ao Vale de São Francisco,
E-stou sensível e sou outras curvas do caminho,
S-iguesagueando as purezas da viagem.


Mestria das conexões, sinais, verbos,
Execuções descobrem-se na naturalidade,
Impulsividade da fictícia incorrecção do ser…
Procure o sentido da incorrecção do ser
À claridade da mestria que a escora e protege…
Conhecerei que a todo o instante habito,
Sofro, avisto,
Considero o instante de que careço… que é divino, exemplar, Elementar…
Que me desloca, dispõe,
Impulsiona na rédea da autenticação
De quem sou e o que concebo aqui…
Que se conheça a assentar, resfolegar visceralmente…


Que se instrua a acalmar
E hospedar este regularizado intelecto…
Que se instrua a acreditar…
Que se instrua a estacar…
Que se aprenda a observar…
Que se instrua a enlaçar…
Que se instrua a aguardar…
Que se instrua a narrar…
Que se instrua a venerar…


Que se aprenda a admirar a pulcritude do trilho…
Com toda a mágoa, angústia,
Tristeza, temor e anelo de se avistar livre, ditoso…
São essas as energias que me impelem…
Tenho erudição para aceitar
A luminosidade deveras se conheço a escuridade…
Tenho vernáculo para con-sentir
Os brilhos resplandecentes das trevas,
Escuridade só é verídica na inexistência da claridade…
De nada antecipa pretender alumiar a escuridão
Com luzinhas de materialismo ideado
Com chamazinhas de achas respingadas de orvalho…


Sou episódios para a perspectiva, infindável desperdiçar-se.
Hoje, sou a anamnese olvidada, sou a idade que já partiu
Sou como os tracejados no pojo que as lágrimas já safaram
Sou como as iras que a imensidão já transportou.
Sou esse vazio que te atesta, sou a quimera da tua imaginação
E teu mutismo. Sou tua reflexão em fútil.


Abaixo as Tessitura de Linho!...
Quem vai contextualizar os fios
Que com-puseram o linho?


Não quero rir de felicidade:
Quero a felicidade rindo de tanto
Sentir o prazer de ser feliz,
Emocionar com a alegria da felicidade,
Sensibilizar com a verdade quotidiana da busca
Com o sonho nas mãos.


Não quero debulhar as contas do terço,
Rogando a redenção e ressurreição:
Quero todos os pecados lucilando nos recônditos da alma.
Não quero alvorecer com os pássaros trinando no ipê amarelo:
Quero uma tempestade daquelas anunciando o novo dia.
Tenho muita coisa a fazer
Para ficar alinhavando as tessituras das angústias da felicidade,
Das tristezas melancólicas, nostálgicas, saudosas
Do amor que se foi esquecendo a si próprio nas marolas das ondas marítimas,
Não quero o despetalar de "bem me quer/mal me quer":
Quero a rosa no jardim, respingada de orvalho.
Não quero a poesia poetizando a poiésis do poema:
Quero simplesmente palavras sem semânticas e linguísticas.
Não quero cartas dizendo o meu destino:
Quero o destino jogando as cartas aos naipes do eterno.


De nada apressa imaginar eu sou ditoso, eu sou querença, eu sou pacificação, eu sou independente, surripiando a plangência penetrante que me ocupa, ou a mágoa que somente são o resultado instintivo do bem-querer que eu sou…


Como poderei identificar uma realidade pretendendo a todo o instante azular, surripiar, anular a distinta? Não tem sentido racional…


Preciso identificar a natureza elementar onde me abranjo e que se acha além de físico, intelecto, sensações, sensibilidades…
Poderei transitar os dias da minha existência focalizado em “aperfeiçoar” a minha notabilidade, paridade, corpo, sensações, sensibilidades, ligações, enclausurado à alucinação de que isso será a entrada de investida para a minha independência, sentido de quem sou… mas estaremos unicamente representando vagamente...


Careço ir mais além… compreender que eu não sou a minha índole, paridade, físico, comoções, sensibilidades, ligações… que isso somente é uma minúscula constituição daquilo que sou…


Obtusas pectivas de hereges ex-tases
Do espírito que ornamenta e arrebica
As cogitans res do pórtico cócito das sorrelfas do pleno
Com a incólume e insofismável vacuidade
Dos eternos pretéritos
Subjuntivando os gerúndios de declinações
Do in-fin-itivo no jogo lúdico das defecções florando as incongruências efeméricas do nada
Em cujos in-fin-itivos interstícios residem
A ab-solut-idade obtusa
De sentimentos e emoções da náusea vazia
De cânticos cancioneiros da magia misteriosa
Do perpétuo evangelizado e biblicizado
De nonsenses e vulgos do in-finito.


Lá no alto da colina passam ventos,
Caem orvalhos,
Sarapalham neblinas,
O catavento dos im-pretéritos gira
Às in-versas da verdade,
Em cujas bordas os solstícios do crepúsculo
Pre-figuram e con-figuram
De efígies o sacrário das ilusões
Da redenção e ressurreição.


Assim conseguirei admirar cada uma dessas matérias, especuláveis em mim e acarretá-las, orientá-las, sustê-las, enlaçá-las, querê-las, independente da iludida valia que lhes faculto comparativamente à dita que sou, aqui e hoje.


A execução será enriquecida de porte, naturalidade, autenticidade, encargo…
Cada impedimento, estorvo no trilho, um rebo precioso que se cinzela…


O nada que nos transporta a angústia. Pois, o nada é a completa contestação da totalidade do ente. As tessituras de linho são a in-completa, in-congruente, in-consistência do abismo à luz do celeste sem estrelas, sem lua. O nada se patenteia na angústia, mas não enquanto ente. O nada nos fiscaliza simultaneamente com a evasão do ente em sua plenitude. Na angústia se patenteia um recuar, esse recuar arrecada seu ímpeto inicial do nada. A nadificação não é nem uma aniquilação do ente, nem se ocasiona de uma desmentida.


O inerente nada nadifica. É a prática do nada, não mental, mas emotiva, que concebe o sentimento de angústia - anuência da inerente finitude.


A anuência da inerente finitude é relevante para todos nós.
A vida se fosse perfeita era uma apatia total….e a perfeição é pura ilusão…ela não existe.


Apenas existe para quem não sabe o que é a vida. Abaixo as Tessituras de Linho.


Café-com-pão-manteiga-não!... Café-com-pão-manteiga-não!...


#RIODEJANEIRO#, 22 DE NOVEMBRO DE 2018)


Comentários