TROPICÁLIAS DA LIBERDADE, PSICODÉLICAS METAFÍSICAS DO VAZIO# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: POEMA METAFÍSICO



EPÍGRAFE:


"Só acredito no Vazio e no Nada..."(Manoel Ferreira Neto)


DEDICATÓRIA:


Assim, filosófica e poeticamente respondo ao @Acróstico@ #MENTE EM TRANSE#, de minha amada e inestimável Esposa e Companheira das Artes, Graça Fontis.


De pretéritos,
Psicodélicos estilos de luzes
Da verdade a iludirem os tempos,
Tripudiarem as circunstâncias;


Tropicálias linguagens do destino
Estimando as marcas nas pedras do caminho,
Os rastos nas estradas vazias de poeira,
As marcas dos pés na orla crepuscular;
As idéias distantes
Levadas pelo vento sobrevoando o mar,
No peito, o amor aquecendo o inverno da alma,
Amar acendendo as chamas da lareira,
Amar o amor,
Amor ao amar até a consumação dos tempos,
Seguindo as ondas in-versamente, rumo - o infinito,
Anátemas da terra ao léu do mundo de controvérsias
De intuições da verdade, de percepções da in-verdade
Das sensações do nada
No instante de seu cio, o vento ciciando
"Liberte-me das garras das mentiras e ilusões"
Da sinesis da imaginação fértil
No instante-limite de seu transe,
Da poesia à utopia da estesia do Ser;


Psicodélicos ideais do bem-virá
Que abrem sendas nos bosques sinuosos
Onde as galhas e folhas fazem sombras
Distantes dos raios de sol que incidem
Na entrada da caverna, na porta da gruta,
Na rampa da garagem, entrada da casa,
Encaminhando à varanda,
Vasos dependurados na parede,
Banco de mármore, sítio de reflexões,
Rede estendida,
Folhas da Palmeira caindo na amurada,
Paloma, Jana e Laila
Brincando de se morderem;


Tropicálias de inconstantes sentidos
Da vida sem utopias,
Não entendo que existam,
Não compreendo como podem viver
Com todas as razões.
Há abismos de homens entre homens,
Há cavernas de cônjuges e divorciados,
Os utopistas conservam sonhos,
Os sonhadores preservam mistérios, enigmas,
Os idealistas acumulam idéias e pensamentos,
Os comunistas espalham os dogmas e preceitos
Na mesa de pôquer,
Cartas do desrespeito à humanidade do Ser
Que baila a canção das controversas desilusões,
Que sapateia o forró das ambíguas quimeras,
Que patiniza a sinfonia da glória e da desilusão;


Psicodélicas ondas do mar que não tem tempo
De se espalharem na areia da ilha,
De se tocarem nas docas,
De se esparramarem nos bosques e florestas
Itaocando o silêncio e a solidão,
O amor e as artes,
Os pingos de chuva não tem metafísica
Desfraldada,
As flores da orquídea não tem exegese
Para além de onde
A sede do Ser se anuncia
A fome do Saber se revela
A volúpia do Sabedoria se mostra;


Tropicálias de frágeis clarins longínquos como
Porta-estandartes incertos,
Vertigem do entardecer emoldurado a vertigens,
Do anoitecer guarnecido a vestígios,
Temos agora uma nova outra eternidade,
Temos neste instante inéditos sonhos,
Eternidade de nos campos últimos da alma,
Últimos restos da ilusão final,
A orgia intelectual de sentir a vida,
A safadice cognoscível de flautear as contingências
Violinar as angústias e tristezas,
Citarizar manque-d´êtres e ipseidades,
Dorme o uni-verso do sonho de ser
Vestígio do que não foi...


De pretéritos,
Tropicálias do nada,
Psicodélicas efemeridades,
Tropicálias do vazio
Psicodélicas fugacidades,
Tropicália da travessia,
Psicodélicas eternidades
De águas represadas
Tropicálias da mente em transe
Psicodélicas labutas por ex-tases,
Tropicálias de contingências
Senhoras da cor-agem e do medo
Esposas do desejo de amor e da carência presente,
De a Arte ser amiga da Vida,
De a Vida ser amante do Verbo,
Do Verbo ser tropicálias de psicodélicas
Utopias do Tempo que não são o Ser,
Quimera que não é o Não-ser,
Aliás, o que move os sonhos, utopias, a liberdade
De existir,


Pelo sim e pelo não...


As tropicálias são origens
Da manhã que alvorece
Eivada de grãos de criação dos
Ideais de LIBERDADE,
As psicodelias são reflexões
Eivadas de ideais da EXISTÊNCIA
Compostos de Metafísicas do Vazio,
Regenciados de Trópicos do Nada,
Prosa poética do Ser....


#RIODEJANEIRO#, 09 DE NOVEMBRO DE 2018#

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