#VERDADE E APARÊNCIA DO NADA# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: POEMA




A Esperança não mirra, ela não afadiga,
Igualmente como ela não fenece a Convicção.
Abalam-se devaneios nas ansas do Cepticismo,
Invertem quimeras nas ansas da Erudição,
Re-vertem fantasias nas ansas do Agnosticismo,
In-vertem sorrelfas nas ansas do Iluminismo.
Muito ser desafortunado assim não cogita,
Muito ser forasteiro assim não elucubra,
No entanto o planeta é uma alucinação completa,
Aberração perfeita, insanidade absoluta
E não é a Esperança por julgamento
Este liame que ao planeta aguilhoa?
E não é a Esperança por juízo prático
O ínterim que concilia a verdade e a aparência do Vero?
Juventude, logo, alteia o teu berro,
Favoreça-te a Convicção da luz intelectual ditosa,
Defenda-te a fama no porvir. Acelera-te!...


E eu, que habito preso ao desânimo,
Igualmente aguardo o termo do meu suplício,
Na súplica do Fenecimento a me berrar, repousa!


E continuamos a aguardar o desdobrar do fio do enredo. Para o homérico acareamento com o porvir de nossos descendentes. - Isto porque nós, os indefesos e os falhados pelo entretenido sórdido sistema, diante os olhos alienados, somos derrotados e intimidados. Tal qual agourento a nicar nossa quimera, nosso contemplar, nosso espírito, nossa consanguinidade, nossa congenitidade, um verídico assado de picanha, prazer deleitoso, nossa alma.


E assim, cursa o manifesto da Utopia do Nada.


#RIODEJANEIRO#, 27 DE ABRIL DE 2019#

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