SONIA GONÇALVES ESCRITORA POETISA E CRÍTICA LITERÁRIA ANALISA O AFORISMO 886 /**POEMALHA DO ENTARDECER DE OUTONO**/ - PROJECTO /#INTERCÂMBIO CULTURAL E INTELECTUAL#




Boa noite, Manu. Havia tecido um comentário bem lindo aqui, mas infelizmente mudei de página e apagou.rsrsr Bem, agora resumindo, tua poesia, teus escritos, teus aforismos são eruditos, isso já sabemos, mas eu havia dito que definitivamente são abstratos e que para decifrá-los eu precisaria de uma lente de aumento poético, não ocular obviamente, mas uma lente específica para leitura da alma.Todo seu conteúdo abstraído me faz pensar: o que será que ele pensava quando escreveu essas linhas? E relendo as entrelinhas, vejo que o poeta viaja pelos vales da terra de Peter Pan, pelo panorama do Mágico de Oz. O teu escrito não chega a ser assim tão lúdico, mas me dá a impressão de estar viajando por lugarejos mágicos, teus escritos me levam pelas veredas do céu da boca, da língua de fogo dos dragões, me fazem transitar entre cascalhos de diamantes sim, e aqui e acolá pisar em um mais reluzente.Gostei muito desse seu escrito e dessa coisa de misturar os tempos e os verbos. Continue gerundivo e brincando com o passado e futuro, com os sentimentos primitivos no nosso presente, para o nosso presente deleitável ok... Bjos para linda artista. Parabéns, Manu. Muito lindo!


Sonia Gonçalves


Quando as palavras me oferecem as asas para voar, deixo que me voem para todos os cantos e recantos. São elas que fazem os meus dons e talentos. Nestes tempos tão já longínquos de minha vida, Sonia Gonçalves, rasgo todos os verbos dizendo: "SOU PALAVRAS." Os privilégios que elas me concedem não irão conceder a quem quer que seja. Sonho e busco sempre satisfazer-lhes e realizar-lhes as intenções, desejos e esperanças.
Beijos nossos, querida!


Manoel Ferreira Neto


#AFORISMO 886/


POEMALHA DO ENTARDECER DE OUTONO**
GRAÇA FONTIS:
PINTURA
Manoel Ferreira Neto
AFORISMO


Nonada de diamantes resplandecendo livres
No uni-verso in-finito, in-fin-itivas imagens
Verbos de cristais cintilando sensíveis e linguísticos
No horizonte de eternas paisagens trans-visíveis
Travessias!...
Pontes partidas!...
Veredas silvestres!...
Estrada de pós de poeira!...
Luzes da ribalta iluminando sendas por onde
Espectros solares se re-fletem trans-lúdicos
Ilusões
Fantasias
Quimeras sorrelfas
Orvalho respingando nas folhas de rosas brancas
No jardim à soleira do tempo, à beira da montanha
Neblina cobrindo a choupana solitária
Na Floresta Negra de pensamentos, idéias, ideais
Invisível do visível!...
Visível do invisível!...
In-audita a beleza...
In-inteligível a luz do verbo
Semântico que, entre particípio e gerúndio,
Re-vers-ifica pretéritos perfeitos e imperfeitos
Verbo metafísico,
Que entre dúvidas e volos,
Ad-versifica o nada e o ad-vir
In-versifica o vazio e o eterno
Plen-itude de ad-jacências da alma
Efemer-itude de reticências do espírito
Etern-itude de ausências do ser
Verdades esvaecem-se trans-lúdicas no ocaso
Absolutos dissolvem-se por acaso no abismo.


Livre-arbítrio de esperanças e sonhos
Liberdade... Tempo e vento
Cor-agem... Ser e Nada
Entrega... In-finito e fé
Amor... Espírito da vida
Subjuntivos pretéritos do gerúndio
Indicativos particípios do in-fin-itivo
Defectivas imperfeições do eterno
Prazeres
Ex-tases
Volúpias
Por que a terceira lâmina da navalha?
Por que a segunda lâmina do machado?
Por que o verso-uno da utopia do pleno?
Verso
In-verso
Re-verso
Ad-verso
Face oculta do silêncio
Trans-lucidez da solidão
Palavras soltas
Idéias à toa
Pensamentos à revelia
Inter-ditos à mercê de idílios
Inter-postos do advir e do zagaia
Melancolia
Nostalgia
Nada a vers-ificar
Nada a ritmar de sons
Melodias e acordes
Nada a poematizar
Linguísticas semânticas
Semiologias metafísicas


(#RIODEJANEIRO#, 20 DE JUNHO DE 2018)


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