GRAÇA FONTIS ESCRITORA PINTORA POETISA E CRÍTICA LITERÁRIA COMENTA O AFORISMO 891 /**VOCÊS**/






E, Você, meu Escritor maior, chegando com esta bela surpresa, uma homenagem poematizada às suas leitoras mais que assíduas, fãs de carteirinha rsrs..., brincadeiras a parte; vejo esse texto como mais um alimento que necessitamos a nos manter onde estamos, isto é, no imensurável prazer em ler você, embarcadas numa viagem das mais fantásticas dentro d'alma humana. As vezes precisamos de um arguto olhar de esguelha ruminando cada palavra já que no caso de uma leitura rápida não seria possível efetivamente uma boa percepção de todo contexto aforístico repleto de artimanhas como se fosse um baile de máscaras, daí o desdobrarmos-nos para que nossos comentários fluam sem contradições, mas, na simultaneidade sem tirar o foco de um maior entendimento do dito e dos fios que tecem essa rede significativa de palavras mais o tema a servirem-nos como referencial de base, mesmo assim, caro Escritor, nem sempre somos bem sucedidas, o que conseguimos ver são só sombras dentro da expressão reversada e erudita na constituição da escritura; quanto a mim, como numa procissão, uso o elemento diáfano e dou asas à minha imaginação neste território utópico a exemplo desse Poema, um rio de torrentes de pensamentos nos afogando no aguaceiro verbático intrincado em que braceja nossa alma.
E é assim, perscrutando ávidas a nossa tentativa de maior visibilidade de seus aforismos à luz das estratégias de suas narrações sem que desencaixe a estrutura do texto, mas em conformidade, sem desfazê-lo.
É isso meu querido, fico por aqui, grata pelo seu carinho e reconhecimento Poético, e que venham muitos outros Poemas/Aforismos tão belos quanto este, que podemos estender nossos olhos ao longo do infinito interminável, fora da órbita, à plena circunspecção, por onde sua sensibilidade derrama-se no Abraço à terra, céu e mar! Beijos nesse coração que amo de paixão, até o próximo!


Graça Fontis


#AFORISMO 891/


VOCÊS...#
Manoel Ferreira Neto: AFORISMO


Vocês
Perquirem sensíveis e introspectivas
Por que céus, terras, mares, bosques
Deambulo as palavras, perambulo
As sílabas de minhas emoções, sentimentos
Vagueio os sentidos e significados
De meus sonhos, esperanças, utopias
E lhes digo assim subjetivo e fértil de imaginação
Voo nas asas de poesias à cata do verbo
De meu ser, e é n´alma que concebo o sêmen
Do que me vai além, do que me é infinito e mistério...


Vocês
Indagam pensativas e re-flexivas
Em que sítios dos enigmas e desconhecidos
Floro as regências do espírito e na accepção
Do eterno teço o que, quiçá, possa alumiar os desejos
De a morte não vencer a poesia, a prosa de quimeras
Em que orla marítima passeio o verbo de esperanças tantas
Do sublime, da verdade, do divino
E lhes digo o silêncio em que as palavras residem
O amor, em que as letras habitam o ser de mim sensível,
A minha sensibilidade de ser o tempo, a eternidade,
Onde a luz que alumia os bosques além dos rios, mares,
Refulge os espectros do horizonte...


Vocês
Questionam os sofrimentos, dores que moram no âmago d´alma,
Se são eles os mov-entes que propulsionam a vida pelo amor,
Se são eles que ateiam o fogo nas achas do coração
Sedento e faminto de sabedoria, de conhecimento,
E posso dizer-lhes o mov-ente de versos e estrofes
Encontrei-o no Amor, na Alegria de Amar, na Felicidade de
A cada passo, seja na orla marítima, nas asas do condor,
No peito de minha amada companheira, buscando o sono
Na labuta diária de mostrar e revelar límpido e nítido
O ser do Amor, o ser da Entrega...


Tão só sou palavras do espírito...


(#RIODEJANEIRO#, 21 DE JUNHO DE 2018)


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