SONIA GONÇALVES ESCRITORA POETISA E CRÍTICA LITERÁRIA COMENTA O AFORISMO 868 /**FRIOZINHO GOSTOSO DO ENTARDECER**/




Mais um texto transcendente, friozinho suave acariciando a carne e incitando os pensamentos trazendo à tona as memórias doces, as lembranças ácidas, um pouco de sensualidade, fábulas, verdades, fantasias criando e inspirando, arrumando pretexto para tua escrita rica sempre, esse seu cantinho quente me parece bem poético! Só me resta aplaudir mais uma vez esse teu inspirado texto. Boa noite, Manu...amei. Bjos.


Sonia Gonçalves


#AFORISMO 868/


FRIOZINHO GOSTOSO DO ENTARDECER#
GRAÇA FONTIS: PINTURA/ARTE ILUSTRATIVA
Manoel Ferreira Neto: AFORISMO


Friozinho suave, acariciando a carne, penetrando nela, aliciando os ossos, a alma no seu instante de introspecção, {re}-flectindo tranquila a passagem do tempo, memórias, lembranças, flanam leves as emoções no in-finito, imagens, pers-pectivas, melopéias de pret-éritos con-[vexos] esgarçando-se no vento, esvaecendo-se nas sinuosidades da estrada de poeiras, na floresta de árvores frondosas, nas curvas do campo à soleira das serras, à beira do abismo que sibila silêncios de suas mais íntimas profundidades, às margens do rio ziguezagueando nas curvas...


Amor sonhado verdade nas linhas do eterno que se faz na continuidade do tempo sem sarapalhas. Amor idealizado felicidade nos templos da entrega e do verbo. Amor à luz de quimeras do perene que se artificia a si mesmo, no si-mesmo de si na projeção às travessias da liberdade e do espírito de ser a vida na sua essência pura, ingênua, inocente.
Sensibilidade, espiritual-itude, trans-cendência das contingências das dúvidas e incertezas aos in-fin-itivos do pleno revelado no ar frio do espaço, cintilâncias, luzes diáfanas, brilhos fluorescentes,.. Recanto dos idílios, cantinho quente das imaginações férteis, lareira de chamas ardentes. Subjetivismos, lirismos, cânticos nascidos à luz do frio e do sentir o mais longínquo presente nos interstícios dos sentimentos, das emoções, das sensações, leveza, serenidade , o sono rogando o aconchego no édredon no leito do vir-a-ser da madrugada, do amanhecer.


Poesia do frio. Poema do inverno...


(#RIODEJANEIRO#, 15 DE JUNHO DE 2018)


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