#TOADAS DE PRIMEVOS TEMPOS# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: PROSA



EPÍGRAFE:


"Lágrimas que tão-só tecem e destilam desejo e ânsia e volúpia de que alvorecerá."


Como um demente recito Ovídio ao in-verso de declamar poesia que verseja a inerência dos padecimentos, conteúdos de perdão, de carícia, jorrando sob o tapete, concebendo a poeira de leve a cobri-lo, adiposo, qual mito desmontado, versifica a irreverência da comiseração, falácias de compreensão, entendimento, seduzindo as verborréias do tempo e do vento.
Amanhã recomeço.


Sentidos... Toadas de primevos tempos, tempos sui generis de esperanças outras do ser e do verbo, tempos recentes de verdades milenares en-veladas nas contingências compassam abalos, temores, reminiscências, o ânimo vagabundeia pelas tortuosas voltas da existência, per-vagando de devaneios quereres, querências, desejâncias, centelhas de sol, chamas de lareiras, recaindo nas águas, a resvalarem vagarosas no rio sem ribas, pelos campos sem ALHURES..., per-correndo veredas, perpassando horizontes de simulacros, a-nunciações na fenda da alma, blandícia de amor ampla de aspirações, eloquências de derretimento contaminadas de arrebatamentos, concupiscência de deleites e pancadas de deleitação, re-festelamento, fulgurando bem-estar à luminosidade de ápices a aprumarem nuances de transitórios delírios a favor de quimeras jovens, fantasias juvenis, concepções às cavalitas de esvaziados inomináveis, de nadificados inconcebíveis.


É preciso mesmo tempo, vontade e certa conexão com a teia da aranha, confeccionada para apreender os insectos, para poder apreciar a beleza singular das circunstâncias e situações que povoam as sombras do pretérito, con-templadas nas letras.


#RIODEJANEIRO#, 22 DE JANEIRO DE 2019#


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